sábado, 20 de fevereiro de 2010

QUORUM LASCIVUS (IN FINITO)

Ensaio primário de considerações pessoais
sobre os meios que determinam os fins,
bem como os fins dos princípios alternativos.












Ingres speltri


Dezembro de 2003-Abril de 2004


CAPITULOS : PAGINA


IN FINITO ........................................................................................................... 4

ABSTRATOS E SUBSTRATOS ........................................................................ 8

FILOSOFIA DE BOLSO .....................................................................................12

CONSIDERAÇÕES ANARQUICAS ..................................................................17

ESTÁ DECIDIDO : SERÁ ASSIM. ....................................................................19

DAY AFTER ........................................................................................................20

APRENDIZ DE MENESTREL ............................................................................21

OS QUATRO GIGANTES DA ALMA ................................................................23

APOTEOESE DOS SIMBOLOS .........................................................................24

CONTINUANDO O DELIRIO .............................................................................25

GRITOS E SUSSURROS .....................................................................................26

FRAGMENTOS ...................................................................................................27

POETA DESCALÇO ...........................................................................................28

O SONHO CONTINUA ...................................................................................... 29

A PALAVRA DOS SABIOS ..............................................................................30

RECOMEÇO ........................................................................................................31

OS DEMONIOS DA MEIA NOITE ....................................................................32

TEMPO PERDIDO, TEMPO ENCONTRADO ..................................................34

CARAVANA DA ALEGRIA ...............................................................................35

REINVENTANDO A VIDA ................................................................................36

CRIATIVIDADE : O TENDÃO DE AQUILES DA ARTE CONTEMPORANEA 38

UMA EXPERIENCIA DE ABSTRAÇÃO LITERARIA ........................................39

AD LIBITUM ...........................................................................................................40

A MARGEM DA HISTÓRIA ............................................................................... 42

MAIS UM CAPITULO, MAIS UMA HISTÓRIA ............................................... 43

FIM DE FESTA ..................................................................................................... 44

UM CAPITULO A MAIS ..................................................................................... 45

AS ÚLTIMAS QUESTÕES ................................................................................... 46

COMPASSO DE ESPERA .................................................................................... 47

ALEM DA CONTA................................................................................................ 48

... E TEM MAIS
UM DESTAQUE PARA CADA GALHO – (POR QUE ?) ................................. 49

REGISTRO DE UMA CRONICA DE ARTE ...................................................... 51

UM NOVO TEMPO - ÚLTIMO CAPITULO...................................................... 53

HISTORIADOR DE MIM ..................................................................................... 55

BRAIN STORM - (PATAMAR DAS ILUSÕES)................................................ 56

MANDANDO A VACA PARA O PRECIPÍCIO ................................................. 57

TEOREMA ............................................................................................................ 59

A ARTE ALEM DO AMOR ................................................................................. 61

ALEM DOS FATOS - (LIBERDADE ASSINTÓTICA) ...................................... 62

A CURVA DO INFINITO .................................................................................... 63




















IN FINITO - (To be or not to be, that’s the questions)

O que significa fim.
Pode ser uma palavra que determina encerramento, termino, desistência de algum projeto, de algum plano,um determinado ponto sem perspectivas,de uma retomada ou sem as circunstancias necessárias para alçar grandes vôos nos céus desta vida profícua,fecunda, versátil e imprevisível.
Pergunta-se então : é fim? ­-. Deixemos de lado o conceito filosófico da questão e vamos olhar pela ótica da física, na qual existe um enunciado que reza ; toda ação provoca uma reação de igual força e intensidade. Pois bem, se existe uma ação com força, energia e intensidade das quais eu sou o gerador e não existe uma reação de igual intensidade, então é o fim dessa ação porque ela já nasce morta se as condições não são favoráveis para que essa ação continue a se desenvolver alem dos limites de sua natureza.
Napoleão, certa vez, mandou um de seus generais empreender um ataque, o qual respondeu que as condições não eram favoráveis . Ao que Napoleão ordenou : crie as condições favoráveis.
Consoante a lei da física que trata da força centrifuga, que consiste em um movimento circular no qual os corpos tendem a se afastar do centro. Pois bem, em determinadas circunstancias, quando existe um circulo vicioso, onde não existe uma evolução linear em que se vislumbre um horizonte, esse circulo vicioso em constante movimento, provoca uma força centrifuga onde a tendência é a de se afastar do centro da questão. Porem, não é o fim, mas sim o recomeço de uma nova trajetória. Quem é o centro?
Enquanto somos satélites gravitando na órbita de um planeta , esta órbita será mantida desde que a força da gravidade seja inversamente proporcional as massas dos volumes, ou seja, o maior sempre vai atrair o menor. Este equilíbrio será mantido desde que o menor continue sempre menor, porem quando o menor começa a crescer e atinge volume igual ou superior ao seu centro de gravidade, então liberta-se e cria sua órbita própria.
É o fim de um vínculo peremptório, atemporal, susceptível ao encontro de novas órbitas equânimes aos princípios fundamentais do equilíbrio cósmico e metafísico das iniqüidades triviais do cotidiano.
“El dia em que me quieras , la rosa que engalana, se vestira de fiesta, com su mejor color, e el viento em las campanas... El dia em que me quieras no abra mas que harmonia, será clara la aurora, no existira dolor.
Não saber o que aconteceu antes, durante e depois, é permanecer na infância para sempre.
Ver o mundo a frente e a vida que se descortina sem limites, sem pecado nem mácula e poder dizer como Julio Caesar após a batalha de Sela : - “ Vim, vi, e venci.”
Friedrich Nietzsche, no inicio de suas incursões filosóficas, era tão pessimista quanto Schopenhauer, porem , mais tarde influenciado pelos moralistas franceses expandiu as facetas de suas teorias a ponto de afirmar : “SEM ARTE A VIDA É UM ERRO”, e que, segundo a madre superiora, no jogo do bicho é difícil a Suprema Corte determinar a sentença do delito transversal das inquietudes humanas, porque Assim Falou Zaratrusta.
Fim ou infinito. Ser ou não ser, eis a questão, que parodiando Oswald de Andrade em seu manifesto antropofágico :” Tupy or not Tupy” , assim cria-se condições favoráveis, conforme Napoleão ordenou, para se alçar grandes vôos nos céus desta vida profícua,fecunda, versátil e imprevisível, e aí lembro-me do pequeno livro do frei Leonardo Boff , : “A águia e a Galinha”. Resumindo a mensagem, mostra a galinha, ave que tem azas, mas não voa e que seu mundo está contido apenas nos limites de um quintal, onde passa a vida ciscando nesse pequeno limite de mundo. Isto é o fim. Ou não é o fim. Para a galinha a vida se resume nisso, e... fim! Mas, a águia precisa das distancias e das alturas do céu infinito. Não há limites para sua ousadia e vontade. É livre, e liberdade abrange pensamentos, palavras e obra. Não adianta só pensar e imaginar, tem que agir. A ação é inevitável. Neste mundo alguns nascem para ser galinha e outros para ser águia, e isto é o fim!
Ainda segundo Nietzsche, que atualmente é o filosofo cult da geração coca-cola e MacDonald, em seu livro “Humano, Demasiado Humano (um livro para espíritos livres)” editado pela Cia. Das Letras, na pág. 299, afirma : “Da convicção e da justiça :- Áquilo que o homem diz, promete e decide na paixão, deve depois sustentar na frieza e na sobriedade – tal exigência é um dos fardos que mais pesam sobre a humanidade. Ter de reconhecer por todo tempo futuro, as conseqüências da ira, da vingança inflamada, da devoção entusiasmada – isto pode suscitar, contra esses sentimentos, uma irritação tanto maior por eles serem objeto de idolatria, em toda parte e sobretudo pelos artistas. Eles cultivam largamente a estima das paixões, e sempre o fizeram; é certo que também exaltam as terríveis reparações pela paixão que o individuo obtém de si mesmo, AS ERUPÇÕES DE VINGANÇA ACOMPANHADAS DE MORTE, MUTILAÇÃO, EXÍLIO VOLUNTÁRIO, e a resignação do coração partido, é como se quisesse dizer : SEM PAIXÕES, VOCES NADA VIVERAM. “”.-
O que é o fim! É a sicuta de ouro que Sócrates bebeu, ou Jasão lutando com o dragão para apanhar o velo de ouro, enquanto os ventos da latitude zero do meridiano de Greenwich soprava no ouvido dos moribundos canções de ninar, enquanto Deus sem tempo para nos ouvir porque não para de criar novos mundos enchendo a galáxia de criaturas indefiníveis para competir na evolução das espécies que, segundo Charles Darwin tem mais chance de sobrevivência e longevidade a criatura que tem maior capacidade de adaptação.
Portanto não existe fim, mas, pura e simplesmente a capacidade de adaptação diante das mutilações que a vida nos impõe.Tudo é uma questão de adaptação e interpretação, porque as COISAS NÃO SÃO COMO AS VEMOS, MAS SIM COMO AS INTERPRETAMOS.
Onde o fim por vezes é uma retirada estratégica para uma retomada de posição com maiores possibilidades de êxito, porque, o que é a vida senão tentativas e fracassos e quando da certo ganhamos o Olimpo dos deuses nos tornando um deles,colocando nosso objeto de desejo no pedestal bem alto, não devia e por isso me condeno a amar a deusa do nada. Tudo isso ouvindo Stan Getz tocando seu maravilhoso sax tenor junto com Jobim e & limitada.
Julio Caesar ao atravessar o Rubicom com suas tropas em direção a Roma, cujos senadores queriam impedir seu regresso, bradou ;”alea jacta est” – a sorte está lançada e a minha também, porque vim a este mundo e quero minha parte. Vou invadir os territórios desta vida reclamando o que é meu. A Caesar o que é de Caesar, a Deus o que é de Deus e ao Speltri o que é do Speltri. E fim . Não me amolem nem me perturbem porque “alea jacta est”, senão vou-me embora pra Passargada, porque lá sou amigo do Rei e lá terei a mulher que quero na cama que escolherei.
O fim é o nada. Dentro desta filosofia niilista, tudo que é belo vem do nada. Do nada origina tudo. O tudo será nada ? Então eu quero o NADA.! O nada é o fim, ou vou ficar como Ulisses, na Odisséia, amarrado ao mastro de sua galera para não sucumbir ao canto das sereias, enquanto Penélope tecia sua manta interminável.
George Simenon já dizia : “prefiro ser odiado pelo que sou a ser amado pelo que não sou”, ou ser das águas um gigante caudaloso onde as procelárias se arvoram em vôos fúnebres a caminho da Ilha dos Mortos de Arnold Böcklin, quando se vem de vida em vida que de morte em morte, numa sucessão de existências arrastando o caos, e envolves em teu manto ilusão desfalecida.
Em que espelho da vida se encontrara a própria imagem quando a cruz do seu destino não se leva a um calvário? Em que tristeza se encontra o pranto quando a desilusão da vida envolve a alma? Quando se chora da sorte seu destino, busca-se no tédio a indiferença.
FIM é quando não se desenvolvem todas as potencialidades dos órgãos sensoriais sobre o objeto do desejo. Sensação e percepção se juntam em uma parceria terrível que leva o individuo a loucura sadia. Eu sinto e minha mente percebe em uma cornucópia de pensamentos, ilusões e fantasias que motivam a vida ao infinito. É um processo sem fim.
Ver, de todas as maneiras, ângulos e nuances possíveis e imagináveis, assim como Michelangelo viu a criação de Adão, como Picasso viu Mulheres D’Avignon e da maneira como Speltri interpreta os “fósseis” da vida. Ver, a mulher nua em sua mente convidando-o para o amor e se sentir como um Dom Quixote e bravamente investir nessa imagem com astúcia, coragem e prazer, ou ser Virgilio na Divina Comedia passando por infernos, céus e purgatórios. Castro Alves foi feliz ao dizer : “OH Deus! Onde estás que não respondes!
“Réquiem aeternam dona eis”. (dai o repouso eterno).
Como disse o poeta, se não me engano, Paulo Setúbal, : “ A vida é uma arvore derreada de dourados pomos. Nunca estamos onde nós a pomos e nunca há pomos onde nós estamos”.
Ouvir, sim ouvir querubins e serafins em uma dança frenética comemorando o FIM. Ouvir ainda o som suave das roupas serem jogadas ao chão aos pés da cama e nesse momento ouvir as batidas do coração acelerarem seu ritmo e a respiração ofegante como o som dos tambores de uma fanfarra abrindo alas para Vênus glorificar seus dotes.
O tato pelo qual se toca, em uma fantasia absolutamente cruel, um corpo imaginário, alado, como Icaro e Dédalo com asas de cera, sobrevoando a ilha do desterro.
O paladar, pelo qual se sente o gosto amargo do veneno,da ilusão, da fantasia e da esperança, que quando morre, aí sim, é o terceiro fim.
O olfato que traz consigo o cheiro da aura eterna do perfume exótico das amoras silvestres, exorcizando os quatro cavaleiros do apocalipse em uma fuga tresloucada pelos confins de outras mentes. O primeiro deles, a Guerra, trazendo conflitos,complexos e atritos entre a moral, a ética e os bons costumes de uma sociedade falsa,hipócrita e falida onde todos criam uma segunda pessoa para representar a vida. A verdadeira identidade do Eu Superior fica sufocada pelo poderio bélico desse estranho cavaleiro. O segundo, a Peste, contamina os fundamentos da razão, entorpecendo a mente aflita num turbilhão atroz do Ser ou não Ser em tom profundo, biltre, esvairado , cruel em mundo de vacilações inferior escravizado. O terceiro, a Fome, que aniquila as forças na luta para a ascensão da alma para o vale da eternidade, onde ficará sentado a mão direita do Deus Pai, Todo poderoso,criador do Céu e do Inferno que existe em nós. O quarto cavaleiro, a Morte, que cavalga nas nuvens e O CAVALEIRO SOU EU, que tenho o poder de matar todos os anseios, desejos, ansiedades , fantasias, e sonhos. Névoas tenebrosas enegrecem o caminho que tão certo já seguia, envolvendo opressão de tal angustia. Sempre somos na pretensão. Vitória que da crença e da vontade vencer a existência profanada.
O que somos nós diante desses quatro cavaleiros do Apocalipse que aniquilam a todos , com as labaredas do mal transformando tudo em cinzas! É o FIM­ ? Não!! Somos a Phoenix ressurgindo das cinzas para começar de novo. Sou eu a força que emana a vida ou a vida é a força que evolui o Ser . Em outras praias, em outras plagas, em outras terras, em outras serras. Construir um ranchinho de pau a pique, cobertinho de sapé, lá no alto da montanha, onde canta o sabia, porque os pássaros que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá. Por mais terra que eu percorra, não permita Deus que eu morra sem que eu possa te beijar.
O grande poeta Rudyard Kipling nos mostra que nunca existe fim desde que sejamos águias e não galinhas. Em seu grande poema “ If “ (Se), em um determinado trecho ele diz : - ...Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda tua vida
E perder e, ao perder sem nunca dizer nada
Resignado, tornar ao ponto de partida
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe
E a persistir assim, quando, exausto, contudo
Resta a vontade em ti, que ainda te ordena : PERSISTE!!.”
O começo e o fim é como o genial e o mediocre, que são como dois fios tão tênues que quase se tocam, e tão surrealista quanto este texto, é o seguinte soneto :
... a lua apareceu
redonda como um tamanco
então eu perguntei
porque roubaram minha espada
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.. isto é que é o FIM















ABSTRATOS E SUBSTRATOS

Enquanto o olhar cavalga as planícies do pensamento, sob um céu azul brilhante e fogoso, e tão indolente como o bêbado que supõe ter ainda sob seus domínios os sentidos de sua razão. Bradei em alto e bom som, carregando em todos os w’s e y’s, sem necessidade, porque ninguém poderia me ouvir.
O corcel dourado cavalgava nas nuvens e levava consigo os sonhos e fantasias, enquanto o som dos passos nas pedras do caminho ecoavam em um ritmo lânguido e intermitente. Para onde vai esta estrada e quem é este andarilho ? Dúvida atroz persiste nos corações gelados como as neves do Kilimandjaro porque o rebanho de carneiros continuam pulando a cerca da planície do pensamento. Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos, 4,5,6,7,8,9,10.............. e assim o rebanho todo foi para outras terras, outros campos. Nossa !. Que movimento de carneiros!!!
Se vestir uma camisa azul será noite, se vestir uma camisa branca será dia, portanto prefiro ficar nu como o rei que supunha estar vestido e estava nu, assim, junto com o rei, cantávamos em dueto : - “ bessame, bessame mucho. Como se fuera esta notche la última vez”.
Voltei muito tarde, exausto, porque a festa estava ótima, e enquanto me divertia perdi o trem da vida que anda em linhas paralelas porem terminam em um ponto,em uma ilusão de ótica onde sempre penso que vou encontrar alguém, e esse ponto de encontro, que nunca encontro, porque é o desencontro da vida e do destino, porque quero mais é romper com essa mesma vida em um delírio incessante de amor, com corações ardentes que explodem, mesmo se Deus não quiser.
Quando chega a madrugada tudo some como em um passe de mágica ou como os olhos de um bandido. Será que vem ou será que vai,quando se está para o que for ou vier.
A primeira chegou como se nada quisesse, mostrou seus dotes, buliçosa e matreira , dona de si e de mim e de tudo que podia dispor, enquanto eu assustado disse : - “Não”. A segunda , presunçosa, se aconchegou mansinha e eu ainda assustado disse : - “Não”. A terceira trouxe a dor amarga da labuta, filha que era da outra e não da fruta, que atordoado permaneço atento, sem muita boa vontade de permanecer calado porque a vida é mesmo assim e a história não tem fim. Quero ver como suportas me ver tão feliz tapando o Sol com a peneira, do mesmo jeito que você diz “Não”, e por entre os dedos deixa escorrer o néctar do amor que sobra em um pote lá no alto da montanha, e quem chegar primeiro carrega o ouro, lá mesmo onde a batatinha quando nasce, esparrama pelo chão e a gente quer passa e não pode.
Até quando, minha gente, esse jogo de culpa e nem quero a razão, porque não dá mais pra engolir a ansiedade agitando a vida da gente , não dá pra disfarçar. Foi muito de repente, o jeito de olhar e as falas mansas, que falou mais com os olhos do que com a boca em um jeito estranho de ser do que o não ser, assim como o mar tem mais segredos quando ele é calmaria. Assim as horas passam sem fim, enquanto as ilusões se sucedem nessas horas bobas, vazias, porque todas as horas são as mesmas . As horas passam e levam a vida no galope do corcel dourado até onde a fantasia puder acompanhar. Sonho meu, sonho meu, mostra a saudades e a liberdade nesse céu e no canto do vento e a pureza de meu pensamento que mexe com a gente nesse sonho meu.
Canto uma canção bonita falando da vida e tudo mais, assim principia a intuição com a voz arrancada do coração, gritando poesia de amor ,de filosofia ,de um mundo bem melhor.Canto uma canção qualquer porque o que importa é o canto livre e liberto onde nasce bem perto da escuridão E se o planeta explodir eu quero estar fora desse mundo com céu por de traz dando azas ao sonho, a gente vai, vai, vai...
A força do medo não me impede de dizer o que penso e o que sinto e com minha força não me calo porque assim tudo é mais suportável. Assim a metade que foi é somente lembrança daquilo que foi e não será mais, e a outra metade será perdoada daquilo que não foi.
Os fantasmas que habitam a mente de todos, contando tim-tim por tim-tim, as mesmices de sempre e ninguém sai desse circulo vicioso, e volta sempre gosmento e pegajoso atormentando com as mesmas pressões e ilusões já descritas por Carl Jung.
Soi loco por ti mi vida, mais apaixonado ainda do que antes de nascer porque é proibido proibir os que tem que assumir a estrutura e fazê-la explodir como muitos que escravizam os mutilados e aflitos junto com os eleitos , como justos e perfeitos, dizendo não ao não e sim ao não , tendo a sensibilidade de identificar quando o não é um sim e um não é um não.
Baby, baby, I love you, como um amor fauve , com cores primárias ; selvagem mas, alegre. E viva a vida, selvagem , colorida e agressiva como se fosse atrás de um trio elétrico lá do lado de lá. As vezes a vida é um circo, outras é um manicômio e em outras parece um velório onde o defunto será quem quiser deitar no caixão, sim, porque muitos já morreram e esqueceram de se deitar. Que tal dar um empurrãozinho neles.
Quero ir embora minha gente, eu não sou daqui, já falei que sou das bandas onde canta o sabiá , e por mais terra que percorra, não permita Deus que eu morra sem que eu possa te beijar.
Quem for em busca de seu tempo perdido encontrara com certeza Marcel Proust , ou então começara com os relatos de Platão em “Fedro”, quando Hermes – ou Thot, o suposto inventor da escrita, - apresentou sua invenção ao faraó Thamus, que exaltou tal técnica, que haveria de permitir aos seres humanos recordarem aquilo que, de outro modo, esqueceriam.
Em palestra na Biblioteca de Alexandria, no Egito, o autor de “O nome da rosa”, Umberto Eco , faz o seguinte comentário : - “ sabe-se que os livros não são um meio de fazer as pessoas pensar em nosso lugar; ao contrario, são máquinas que suscitam outros pensamentos .” Só depois da invenção da escrita, foi possível escrever uma obra prima de memória espontânea como “Em Busca Do Tempo Perdido”, obra publicada em vários volumes e é a história da representação, da recriação literária do ser humano em suas infinitas reações diante das coisas que fazem sentir dor ou prazer. Portanto a vida é sempre assim, a história não tem fim.
E quanto a criação ? Matéria que cria matéria, espírito que cria espírito, espírito que cria matéria e matéria que cria espírito. Tudo é criação e recriação. Segundo Lavoisier, neste mundo nada se forma, tudo se transforma, ou então como na arte, nada se cria, tudo se copia. Quando Michelangelo Buonarotti disse que Deus tinha lhe dado o dom de criar apenas com as mãos, o mundo atirou-o junto aos gay’s. E o que importa? Que diferença fez? Fim do homem, nasce o mito.
Não é preciso de muita coisa para se construir um mundo com toda gama de emoções e sensações que pode haver. Não é preciso grandes aventuras, experiências exóticas e mirabolantes, viagens, pretensões e intenções megalomaníacas para se viver intensamente a vida em toda sua plenitude. Santiago, o velho pescador que fica 84 dias sem pescar nada e fisga um merlin gigantesco. Após três dias de luta em alto mar, volta ao povoado somente com a carcaça do grande peixe. Foi o que os tubarões deixaram. Grande história. Um mundo!! Um universo em prosa e verso, com direito a lirismo, poesia e outros tantos mais. Esta visão aguçada, sensível, criativa só existe em gênios como Ernest Hemingway.
Assim, quero um texto aberto, que possa nascer liberto de futuras intenções, de paixões vazias e inacabadas, porem, já que está, deixa ficar
Fica-se feliz quando se vê alguém de peso falar aquilo que a gente diz , porem nossa voz não tem altura suficiente para ser ouvida. Em seu livro “ Arte e Cidade “, Julio Carlo Argan comenta : - “dá-se encerrado o ciclo da civilização em que a ação histórica constituía modelo supremo do agir humano; anuncia-se o principio de um novo ciclo.” E logo em seguida , Argan solta uma bomba que detona esses eventos de arte que assolam o mundo artístico pseudo contemporâneo de hoje, e assim acende o estopim : “ A noção global da fenomenologia da arte que a cultura moderna possui de fato esvaziou e tornou vão o conceito de arte... “”. Em seguida, José Arthur Giannotti, que comenta o livro, passa recibo- : “ O mundo contem porâneo entrou em crise porque perdeu aquela integridade totalizante que ligava o agir do ser humano à expressão desse ser na qualidade de instaurador de arte. Este foge do passado para se agarrar a contemporaneidade fria, substitui a linguagem histórica por uma linguagem cheia de formulas tecnocientifica, assiste ao colapso daquela liberdade do pensar e do agir humanos, que , para lá da verificação objetiva e da dependência lógica do efeito em relação a causa, fundamentava a ordem moral da interpretação, do juízo e da escolha.”.
Mas, nada disso interessa agora , exatamente agora que um anjo sussurrou no meu ouvido , que vens chegando pra brincar no meu quintal. Tu vens ? Tu vens!! Pois se eu sei que vou te ver amanhã , já começo a ficar feliz hoje.( essa é do Saint Exupéry, o escritor obrigatório para todos em ascensão literária, que, mesmo brega a frase é bonitinha). Enfim o que é mais importante, a queda do Collor ou a coligação dos índios Navajos, Sioux e Apaches que liderados por Touro Sentado, Touro Deitado, Touro Em Pé, tripudiaram em cima do cadáver do Gal. Custer ? Afinal nenhum dos dois são importantes porque será que os dois tinham certeza da identidade da mãe?
Não sei que dia é hoje mas sei que amanhã é dia 28-12~2003, e que das l4 as l6 horas vai haver eclipse do Sol, escondendo o delírio de desejos que o tempo estanca ou explode porque não dá mais pra segurar. Ah! Infinito chamado desejo, gemendo na ânsia de tanto esperar. Rondo a vida em todas as esquinas das ilusões e nunca você está,. Uma voz , a voz de um anjo diz em meu ouvido : - “desiste”.- eu não desisto porque já escuto os teus sinais. Eu sei que tenho um jeito meio estúpido de ser, mas é assim que sou, pelo menos não sou o Collor nem o Gal. Custer, mas quero uma índia do planalto central do Brasil, com os cabelos afrodisíacos de índia morena, queimada pelo Sol do meu Brasil varonil, que quando chega a madrugada ela some.
Palavras, palavras e mais palavras, será que vale a pena?Centro do meu pensamento, meu canto no canto do vento, enquanto bebo a bebida amarga de esperar o que não sei se vai chegar. Mas se chegar, quero perder o juízo e fazer até o que Deus duvida. Assim quem me chamou vai reaprender a sonhar, e a sorrir porque agora é brincar de viver. É só dar asas a imaginação e dizer “Sim”. Será uma história com um começo e nunca terá um fim porque o céu é infinito. Mas na situação atual, meu sangue está sem sal. Mas chega de disfarçar, não dá mais pra ocultar, chorando gritando, sentindo as forças sumindo em um tempo que explode e é a vida no novo filão de alegria e nesse delírio chamado desejo.
Oh! Santa inocência, ainda acreditas em papai-noel ! Mas que bom que seja assim, porque o bom da vida as vezes nunca está onde nós estamos, de repente fico rindo a toa, rindo a toa sem saber porque..

Ingres speltri
27-12-2003

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FILOSOFIA DE BOLSO


Por que não considerar o sentimento como um caso clássico da impossibilidade de ver o amor a não ser de um ponto de vista fenomenológico. Sim, porque desta ótica pode perder a intuição repetitiva de tal aspecto que ao final de tantas repetições acaba perdendo a imagem, mudando de aspecto e se transforma em símbolos e signos passados, presentes e futuros. Se é assim que se apresenta como linguagem universal como se emergisse da monotonia do dia a dia da vida de cada um, se esgueirando por entre os escombros da mente a procura do nada. Ora, que linguagem é essa que não se encontra tradução. Será que é a utopia de um novo Esperanto? Porque então que ela se acomoda apenas temporariamente na vida de cada um, por um tempo tão efêmero que se esvai como a fumaça que já foi fogo ardente e agora se dissipou no etéreo.
Na angustia da compreensão, há a necessidade de identificação dos substratos da psique, que embora com uma forma de conhecimento constituído, fecha um sistema falido e viciado e abre outro com novas formas do saber, do sentir, do reagir, do amar e do viver.
Alem de mudanças de valores, a vida não é igualmente uma brincadeira de jogo de palavras, de sentimentos que explode alem de si mesmo.
Ao ressaltar o sentimento já vivido e comparado involuntariamente com novos fatos também involuntários, nada mais é do que menosprezar os antigos prazeres hoje banais , insípido, e inodoro, deixando de lado a fabricação de um ser artificial, puro fantoche manipulado pelas convenções que não nos interessam, mas que somos obrigados a assumir.
Esse circulo vicioso também cria uma força centrifuga, na qual os corpos tendem a se afastar do centro, se afastar de tudo que represente banalidade, artificialismo, comodismo e principalmente covardia. Porem, a necessidade de um sentido de vida, com conteúdo e dignidade, é o primeiro salto em busca de novos objetivos.
Lembremo-nos das teorias de São Thomaz de Aquino e de Santo Agostinho, as quais determinam a teoria da predestinação e a outra a teoria do livre arbítrio. Vamos juntar as duas e tornar a vida bem melhor. Se já viemos com um destino traçado, sabemos que com discernimento, clareza de espírito, planejamento, e minimizando os riscos, podemos fazer uma correção de rumo e alinhar a vida de acordo com nossa afinidade com os pontos cardinais de nosso destino. Aqui está o “tendão de Aquiles”. Esse é o centro da questão.
Aí está o ponto nevrálgico do desconforto. Que invariavelmente é preferível aceitar a mutilação psíquica a arriscar tudo quanto ganhaste em todo tua vida, e perder, e ao perder, resignado voltar ao ponto de partida , voltar a pátria amada e não beijar a escolhida, mesmo já estando em Passargada porque nem mesmo o Rei quebra esse galho.
Quando se entra no corpo a corpo, o jogo fica fascinante, principalmente quando há diferenças entre o estado liquido e o gasoso. Quando o estado sólido já não é mais sólido e a transição temporária potencializa a vontade e o corpo a corpo fica vulnerável as suscetibilidades constantes na órbita psíquica. Quero, posso e faço. Como, quando , porque, devo, de que maneira, e assim as dúvidas enfraquecem a imagem que se faz do ser. Tudo que é definível não é verdade. Este é um conceito complicado mas não absurdo. Como se explica o amor pela mulher eleita? Como se explica a preferência por sorvete de chocolate? Não se explica. Cada linguagem tem seus caracteres próprios com seus princípios,suas leis e conceitos que não se misturam com outras expressões ou linguagem. Para se explicar o amor, só amando e vivenciando esse mundo misterioso, repleto de energia e prazer. Para se explicar o gosto de um sorvete de chocolate, só experimentando. Experimenta! Experimenta! Experimenta! Experimenta! Experimenta! Experimentaaaaaa!
É conveniente ressaltar a diferença entre o fato e o ato, que afinal de contas complicou um pouco mais, porque não querendo ser explícito confundiu o manuseio das engrenagens conciliadora do impulso propulsor que gera a estabilidade e a dinâmica dos corpos cavernosos. E o que fazer quando ninguém quer sentar a mesa para discutir e entender questões que estabelecem a diversidade atribuída a experiências ocorridas na infância e que carregadas de traumas e conflitos desestabilizou essa engrenagem conciliadora do impulso propulsor da estabilidade do corpo.Pelo menos vamos sentar á mesa para tomar um cafezinho e falar amenidades que não interfiram na meteorologia e muito menos no jogo entre o Corinthians e Palmeiras.
Tudo isto é um aprendizado! Até o último minuto de vida, estamos aprendendo. A dúvida é se vamos ou não aplicar o que aprendemos, assim como as Sagradas Escrituras estão aí varando os Séculos, Seculorum, Amem, resistindo a todos esses milênios e eu no entanto nunca as li. E quer saber de uma coisa? Não me fez falta nenhuma. Afinal de cultura inútil o mundo está cheio. Por acaso acham que dizer isto é uma blasfêmia? Porque as religiões que interpretam essa herança escrita que chamam de Sagrada, segundo pesquisa histórica de Sir Thomaz Wendell Maughan (em seu livro “Histórias da História”), que conta a verdadeira historia de Cristo. Quantos irmão ele teve?. Quantos deles foi apóstolo. Quem eram eles?. Para onde foi a mãe dele, a Da. Maria?. E o Seu José, que fim levou? Porque não explicam porque deram a ele o nome de Christo, que vem do grego, quarenta anos depois. Sir Thomaz Wendell Maughan não para por aí e sai com sua metralhadora giratória e esclarece o mito de Madalena, que ela não era o que se pensava mas sim o que não foi dito. Naquele tempo as prostitutas, segundo Sir Thomaz, não eram apedrejadas , como no caso de Madalena, que como sendo a profissão mais antiga do mundo era um bem necessário a coletividade. Adultério sim, era punido com a expulsão da casa e apedrejada, como aconteceu com Madalena e para comprovar a suspeita, quem estava ali para defendê-la senão o próprio Jesus. E ainda segundo Sir Thomaz, quem levaria uma mulher abandonada pelo marido, acusada pelo povo, para a mãe cuidar, como fez Cristo, se não tivesse vínculos mais fortes com essa mulher, sentindo-se culpado pela situação ou não querendo quebrar o vinculo, o que é muito mais ponderável.
Porque passam por cima ou escondem o roteiro didático da iconografia cristã. Porque essas idolatrias cegas, fanáticas, impostas por um axiomismo muito bem arquitetado e imposto pelas classes dominantes nas mentes desavisadas e incautas que saem apregoando aos quatro ventos : - “ eu amo Jesus! Jesus é paz! Jesus é vida! Jesus é amor! Eu vivo com Jesus no meu coração! Viva Jesus. OH! Meu Jesus amado, volvei-nos um doce olhar, guardai-nos para sempre, em seu manto divinal. Sim porque aquele que crê em Deus Pai, todo poderoso, criador dos céus e infernos, em Jesus Cristo um só seu filho, que nasceu de Maria Virgem, padeceu sob o poder de Poncio Pilatos,foi crucificado, morto sepultado, desceu aos infernos, ao terceiro dia, ressurgiu dos mortos e está sentado á mão direita de Deus Pai,todo poderoso, donde a de vir a julgar os vivos e os mortos e assim se crê também no Espírito Santo, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna, amem.
Porem como se poderia legitimar um paralelismo entre a razão e a crença. A primeira nos ajuda a livrar das psicoses da totalização em que o conhecimento só é legitimo quando é total. A segunda, porem nos coloca um desafio de encontrar uma produção mental de desejos e anseios perturbadores, a despeito de se ancorar no desenvolvimento de ilusões e fantasias, capaz de livrar desse processo louco a vontade e o prazer, desde que possa totalizar como fim em si mesmo, vivenciando os delírios em forma crescente até a ejaculação e o orgasmo, pois que seja infinito enquanto dure e eterno até que acabe.



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Com a emancipação dos sentimentos que atingiram a maioridade com carteira de habilitação em sentimento fisiológico, na categoria de amador e o sentimento Superior que só os profissionais no ramo sabem praticar, assim, eu quero ir minha gente, eu não sou daqui porque aqui só tem espírito superior e não dá pra acompanhar o ritmo alucinante dos visitantes do Alem.
Será que estou psicografando ou psicotizando (?) estas elucubrações mentais. Afinal é uma questão de psicografia ou psicoterapia! Sabemos lá. Talvez esteja traindo a psicografia para me entregar a psicoterapia. Mas, todavia, contudo, a traição não é a falha de apenas um. É a falência múltipla dos sentimentos porque houve uma negligencia bi-lateral e o resultado será sempre inevitável. Quando o estoque de vinho está baixo, ele é reposto. Quando um coração está vazio, procura-se completá-lo com alguma coisa que o preencha e escorra por entre as veias e artérias levando vida a todo o corpo. Vida saudável, alegre e etc, etc,etc...
Vamos imaginar em uma utopia estrábica, o mesmo sangue pulsando em dois corações porque não é traição amar duas pessoas, assim como possa ser prazeroso ler um texto inútil mas curioso no avião. Portanto, traição é uma questão de estado de espírito.
Quando não se está imune ao ideal de seu momento, não há dúvida de que o valor moral fica maleável. Prevalece sempre o desejo mais forte que é a busca do novo, do melhor, do impossível, aquele algo que está em um pote lá no alto da colina e temos que atravessar o arco-íris para apanhá-lo. Prevalece o sonho, a fantasia, porque quem não sonha não vive. E que maravilha se ficarmos apenas sonhando sem nunca realizar esse sonho, porque o melhor é aquilo que a gente não teve. O que está feito já esta velho, vamos sonhar e pretender coisas novas. As emoções mais fortes sempre estão por acontecer. Por esses momentos vale a vida. A vida nunca se desenvolve em uma constante linear. Que monotonia seria! Perdas, riscos, tentativas, fracassos, conquistas, vitórias, erros e acertos se transformam na moldura da vida. Tudo isso valoriza o tema exposto que é a própria existência e que bom ao longo de uma jornada ter historias pra contar, emoções vividas em toda gama de extensão. E se formos chamados pra prestar contas diremos : - “ Eu vivi!!
Para se viver bem uma vida o ideal não é ter discrição mas sim descrição. What’s diference between then? A diferença é muito grande porque não se trata de um simples jogo de palavras. O ideal é deixar de lado o método cartesiano, a ordem, a forma ortodoxa de agir e de ser, e sair fora até o possível aceitável do paralelismo da ética, da moral e dos bons costumes e deixar a tradição, a família e a propriedade para os adeptos da forma convencional de viver. Existe a necessidade de se romper com a tradição hierárquica dos hábitos e dos bons costumes. Ninguém agüenta uma rotina igual a musica do Chico Buarque em que ele diz :- “ todo dia ela faz tudo sempre igual........... “ Será que o sentimento é rotulado, praguimatizado e formalizado em um só padrão? Quando os Beatles mudaram radicalmente o modus-vivendi, naquele momento chocaram o mundo com um novo padrão de comportamento, mas, ali havia começado uma nova linguagem de vida, mais aberta, mais saudável, mais liberta em todas as suas expressões inclusive o tabu do comportamento sexual.. Hoje, passados cinqüenta anos, alguém censura esse novo comportamento da juventude, exatamente da época em que éramos jovens. No entanto até hoje vacilamos em adotar e assumir tais condutas.
O filosofo já disse que sem arte a vida é um erro, pela minha ótica, não que todos devam ser artistas, mas sim adotar o comportamento dos artistas que trazem para o dia-dia a identidade própria de seu temperamento, pois somente essa liberdade de ação e interpretação das emoções da vida lhe dá condições de fazer arte e a medida que assume este comportamento espontâneo, isento de uma hipocrisia formal, se diferencia da “casta nobre e pura” dos mortais, castrados e mutilados, psicologicamente falidos. A vontade latente é viver fora dessa realidade convencional da sociedade, mas é difícil porque ficaríamos sozinhos nos transformando em uma ilha. Esse mundo utópico é muito pouco habitado pelos eleitos e com certeza não teríamos convivência satisfatória.
Deve-se estar alerta para o fato da castração dos impulsos emotivos que resultam em duas alternativas : ou se assume passivamente uma identidade falsa buscando no tédio e na insatisfação o exílio para seu Eu, ou então transforma-se em uma verdadeira águia alçando vôos no infinito da vida. A indecifrável leveza do ser não permite especulações esdrúxulas, comezinhas, mas permite questionar quem é mais herói : o Batman ou o Super-Homem? Mesmo essa fantasia traz uma visão canhestra porque nenhum desses heróis tem mulher em seu perfil. O Super-Homem vive se escondendo e evitando sua “namorada”. Batman por sua vez já é mais assumido, pois vive com Robin. Alias, por orientação das classes dominantes e defensores da ética e dos bons costumes, foi recomendado dissociar essa dupla e assim Robin foi banido para o esquecimento e Batman aparece sozinho como mais um herói americano junto, é claro com W. Buch. Alo, alo, jovens emergentes candidatos a herói, inscrevam-se a parceiros do Batmam que ele está sozinho, mas, aviso, será uma duplicidade em “off.” Se até os Super-Herois vivem uma dupla identidade porque não posso viver nu dentro de minha casa e vestido para a sociedade! Menos no inverno, é lógico.
Percebe-se como é fantástico analisar os fatos e objetos criados para manipular a tradição, capaz de pensá-los inseridos no quotidiano, mas o difícil é comandar a rebeldia de situações insólitas e repetitivas, que se desfiguram na evolução do pensamento, porem continua-se curvando a uma visão romântica da história e do desenvolvimento do pensamento ocidental. Mas o roteiro dessa visão já é conhecido por aqueles que querem ver, já que a globalização potencializa o ser humano e sua razão, onde a razão e a emoção entram em crise e ficam a espera do momento final de abdicar da razão em prol da emoção liberta de tais vaticínios.
“Que será de ti quando la ilusion, de tu corazon chegar-te al fin. E la angustia de compreender que sin esta fé que te dá razon, nada puede ser...”
O comportamento humano, depois de habitar castelos, navegar em caravelas, passar pelo ranço dos dogmas católico medieval, onde até bem pouco tempo, toda liturgia era proferida em latim (talvez pra ninguém entender mesmo, e ficar pelo menos mais misterioso), depois de passar pela revolução industrial, a fase das descobertas e invenções, não poderia continuar o mesmo, mas, de verdade em verdade vos digo, esta globalização, agilizada pela informática, nivelou o mundo por baixo, onde atualmente tudo é descartável pela praticidade , falta de tempo e pressa de viver. Nesse rol, ou melhor, nesse rolo compressor, ate o sentimento se banalizou. Mas, não se desesperem, não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe. Assim, tudo é efêmero e passageiro, menos o condutor e o motorneiro.




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CONSIDERAÇÕES ANARQUICAS


Alguém vindo do interior, do interior do fim do mundo, sem nada no bolso mas com muito na cabeça e no coração. Depois de ver o por do Sol de cima do Banespa, com a silhueta da cidade em um crepúsculo dos deuses vencidos e exausto, baby, responda enfim as perguntas que ficaram no ar, assim como Jorge Ben falou na canção, mas não é do meu tempo, um pagão fingido e dissimulado, não sou nenhum herói, baby, responda enfim se vai ao cinema ou comprar uma bicicleta para ir no Ibirapuera dar pipocas aos gansos.
Quero apenas contar o que aconteceu e que viver é uma coisa boa, o problema é que o perigo ronda nas ruas e em toda esquina, mas estou encantado com esta nova invenção e já não sangra mais a ferida no meu coração e apesar de viver tudo que podia ainda não foi o bastante. As aparências não enganam mais ninguém, mesmo estando por fora e não ver que o novo sempre vence. Assim a idéia de uma nova juventude vem junto com a dor de ver que tudo que foi feito continuamos os mesmos de sempre e sempre seremos.Sempre sonhei quando crescer ser artista, amante, ouvindo blues, Stan Getz e outros mais. Um dia sim sonhei que quando crescer ia plantar arvores, ouvindo blues vendo tudo muito azul.
Entre aqueles que fugiram da escola, tomando coca-cola, andar com o lobo mau ao fim dos anos 50, desse jeito um abraço que Bob Dylan já vem. Quem chegar atrasado vai perder a festa e depois nem no próximo milênio.
Debaixo das luzes não existe face oculta nem adianta esconder nada de grandeza exagerada. A força da terceira onda não é ilusão, porque o destino e ser filho de Adão.
A gloria assim não existe alem do gozo a mais do que se imagina um louco a mais com paixão. Muito mais do que a historia diz, muito mais e maior que Deus, não se fez em vão a que se destina a vida no vale da paixão.
Quero um texto novo para a nova comédia, falando de amor, de ti e de mim e ficar com a camisa suja de baton, falar de tudo, meio sem jeito do tempo presente,passado, futuro e que foi tão bom.
Quando não se vê nem se sente a mudança que está acontecendo, assim nunca mais se falou porque a menina correu assustada, saindo a rua com os cabelos afrodisíaco de índia goiana revirado ao vento porque a mudança vai acontecer e todos precisam rejuvenescer, porem, o passado nunca mais.
Nenhuma fantasia e nenhuma teoria se suporta mais e o que se quer são coisas reais. Prédios, carros, gente, cachorros e o lixo que cai do oitavo andar e vocês jovens coloridos defendendo o amor, cumprindo seu dever e suas vidas. Amar e mudar as coisas é o que interessa mais. Pessoas, vida, gente, problemas, tudo é sempre igual.
Senhoras em idade média, dando vivas a excelência, não quero passar fome em horas superiores, ganhando o pão com o suor do rosto por justo e inocente, mas não faz mal, também damos vivas ao poeta que falando elegantemente do abre alas que eu quero passar e não ganho dinheiro com as glorias, assim eles vão sem passar por aqui, sabendo que é sua mentira ,na razão , no amor e no humor
Se alguém me perguntar por onde andava enquanto sonhava, digo que estava desesperado nos meus tenros anos de amor e de saudades e que esse desespero hoje é moda como letra de um tango argentino que vai bem melhor, nessas horas, que o blues.
Entrar em ti e ficar exorcizado. Amar e fazer o que quiser e se perder de amor no que era e o que será, entre tanto querer para não ter fim. O amor não é somente gozar, mas deixar no ar o clima energético exalado pela aura destilada de dois corpos exaustos.
Não quero resolver, quero complicar para depois juntar os cacos do que sobrou e dessa decomposição restaurar uma composição em que apenas a lembrança da imagem prevalecerá como tema... Será uma nova forma de criar, tão velha e ainda tão inóspita e desarticulada do fazer comum do cotidiano É violenta, desconfortável, mas é a que melhor resultado apresenta considerando a rotina do faz de conta, que afinal apenas se conta o que fica de verdadeiro neste emaranhado buliçoso e matreiro que chega a ser até infantil como nos primeiros anos da adolescência. Ah! Imaculada inocência da primeira masturbação! Quantas flores perfumaram o caminho que terminou aqui. Mas esse caminho agora é longo e árido para quem vai só e está cansado, mas vai tocando e cantando com seu violão, as velhas canções que embalaram seus primeiros dias de prazer.E canções não faltam nesse repertório de uma vida intensa, feliz, agitada e sem monotonia, porque tudo que tinha que ser feito foi feito. Não se passou vontade como se fosse o último desejo de um moribundo, que ia burlando o destino porque nunca partia, e os desejos se realizando, até que um dia acordei . Acordei e perguntei onde estava minha espada porque seria o rei desse novo mundo e daria a primeira ordem :- “Amai-vos uns aos outros, menos homem com homem e mulher com mulher. A qualquer hora, basta ter vontade”
Ando mesmo descontente e desesperadamente grito em inglês ou francês, e esse grito rouco chegue até vocês, como era moda em 66.
Entrar em ti é meu desejo e meu perigo, e o desejo se perdeu entre tantos quereres.Odeio a indiferença e o seu talvez, deixas no ar o desastre da paixão deste amor de perdição.
Não quero piedade nem compaixão, deixa ao menos no ar a paz, mas já vou cantar vitória e levar flores para a alcova para enfeitar o ninho do amor, mas a esperança de jovens não aconteceu. Todo dia é dia de ironia quando se curte uma paixão, mas pelo tempo, o inimigo já conheço e quem viver verá que tudo é divino, tudo é maravilhoso.
Mas, sou apenas alguém vindo do interior que não quis ficar como a galinha ciscando em um pequeno quintal e voei para o infinito das alturas em busca daquilo que hoje sei que encontrei.

INFINITO - ingres speltri 29-12-2003
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ESTÁ DECIDIDO : SERÁ ASSIM

Existe um determinado momento da vida excepcional para se refletir sobre os limites da expressão, porque se avalia os melhores resultados de um método que não é constante, porem paralelo aos anseios que motivam tais ousadias. Alias, a vida preparou esta tarefa gratificante, moldando novos valores agregados a uma estrutura já forte e estável apta a uma reflexão mais profunda, até que se tornem mais adequados a descrição do belo, do certo e do verdadeiro; embora sejam conceitos tão vulneráveis que não agüentariam uma crítica mais severa.O positivo precisa do negativo assim como a luz precisa das sombras para formar as imagens para que possamos nos identificar neste contesto visível. Se não houver contraste não haverá expressão. Se não houver contraste as formas não se formam, estabelecendo um amálgama intangível, indecifrável, e inútil.
Um segredo, um silencio. Só isso basta para viver uma grande vida, senão uma grande vida pelo menos um grande momento e o que fica da vida senão alguns poucos momentos bem vividos.
Viver um segredo em silencio, na mansidão da alma, da calma aflita que tortura mas que acalma porque estas águas profundas preencherão abismos de solidão e tédio porque os deuses estavam vencidos. Um silencio, uma quietude onde se pode dormir o sono da vida sonhando irrealidades. Porque se é real, tampouco é pesadelo.
Que fantástico poder vivenciar novos conceitos e novos valores abalando estruturas que se pensava inabaláveis. Que se pensava imutável. Mas a vida não segue um curso linear, monótono, preguiçoso, e indolente. Como se diz na porta de um botequim : é preciso balançar a roseira, sacudir a poeira e ir em frente porque atrás vem gente, assim é preciso , as vezes, baixar o nível da linguagem quando começa a ficar meio empolado e esnobe Também é preciso considerar que após longos momentos de exercício mental, cansam os neurônios, queimam-se os fosfatos, por isso se faz preciso mudar o rumo das considerações que não se aproximem da tragédia grega como também da linguagem do Faustão e do Ratinho juntos.
Obviamente quando se lança uma visão panorâmica do passado , serão vislumbrados marcos teóricos, igualmente amplos,inspirados sobretudo na corrente de pensamento que norteou cada momento vivido dentro de uma filosofia pragmática, evolutiva dentro do entrelaçamento geral de nossa historia, com uma compreensão e uma analise rica e minuciosa e cada obra praticada.
Senão me engano foi Platão ou algum outro filosofo da antiguidade que disse : “ Penso, logo existo”. Mas em uma visão lírica e poética poderíamos transformar essa máxima em : -“Amo, logo existo”, porque só pelo amor vale a pena viver Principalmente se for correspondido. Mas se não for também não tem importância porque o amor unilateral é suficiente para gerar energias e recarregar as baterias do ideal, do sonho, da fantasia e da esperança. Principalmente da esperança.
Para encerrar esta pagina com lirismo e poesia que o texto exige, diríamos, : como é bom encontrar um oásis no deserto desta vida.


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DAY AFTER


O que é a vida senão a esperança de morrer um dia! E esta não é uma posição mórbida que causa mal estar em alguns. Se todos pensassem mais na morte , com certeza levaria uma vida bem melhor, reciclando valores e posições que antes seriam mesquinhas e irrelevantes.
Quem, por acaso, já levou um susto do destino, sem que em nenhum momento pretendeu enfiar a cabeça na privada e puxar a descarga, pode entender o que é ser amigo da morte e conviver com ela sem trauma. Feliz daquele que está preparado para deixar este mundo, sim, porque isto significa uma evolução mental e ter desempenhado sua missão com dignidade, respeito e ter sido o autor de pensamentos, palavras e obras que beneficiaram a si e aos outros. Isto é religião, sem nome e sem partido. Isto é crer em algo Superior, como também no seu Eu Superior.
Montaigne diz que “ filosofar é aprender a morrer.” Talvez fazer arte também. Talvez escrever também. Talvez viver também. Como estou fazendo agora. Mas não sou escritor. Não teria a ousadia de fazer incursões em terreno que desconheço. Não tenho nenhuma pretensão literária, como se pode notar no desenrolar do texto, como agora, estou escrevendo na primeira pessoa, e as vezes me expresso na terceira pessoa. É uma salada gramatical e ortográfica que faria corar de vergonha um graduado no pré-primário. Mas se sou proprietário de um espaço neste mundo, tenho o direito de fazer uso dele e usar todos os meios de expressão e de sentimento. Assim como fazer um ensaio, porque como já disse o filosofo “Penso, logo existo”, mas de que maneira faço isso? Estou certo, dentro de uma média ponderada, aceitável pela Madre Superiora? E assim faço um balanço de vida, na qual pouquíssimas pessoas são convidadas a participar. Quero ser honesto primeiro comigo para depois com minha eleita, já que destilo minha filosofia de bolso, minha filosofia doméstica. Minha filosofia sertaneja. Como dizia Maximo Gorki – “as experiências aprendidas na faculdade da vida”. Assim não ha necessidade de subir no alto dos minaretes e gritar voltado para o Norte, para o Sul, para Leste e Oeste, ou sei lá pra que lado, e gritar em altos brados que Alá é Deus e Maomé é o seu profeta. Deus, que é a vida, com tudo a que ela tem direito, está dentro de nós e nós a encontramos quando estamos a sós, quietos na mansidão da paz e da harmonia em equilíbrio com o Universo. Quem está em equilíbrio com o Universo, faz parte dele e não importa em que estado. Não importa se em estado sólido, liquido ou gasoso, ou então em matéria ou espírito.
A questão fundamental da filosofia e pela qual os filósofos se “digladiam” é a seguinte questão : -“o que somos, de onde viemos e para onde vamos”.De minha parte estou satisfeito e conformado com a insignificância do meu Ser, bem como com o pouco que aprendi porque olho para traz e sorrio com a satisfação do dever cumprido, porem, melhor ainda é quando olho para frente e vejo que a vida me presenteia com surpresas fantásticas e continua promovendo um renascer, sim um renascimento, tão clássico e maravilhoso como uma obra de Michelangelo. Assim não vale a pena morrer tão logo. Vamos deixar para o day after.

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APRENDIZ DE MENESTREL



Não adianta tentar se proteger da loucura. Quando ela bate de frente há um impacto alucinógeno no qual sucumbe a razão, a ética , a moral e os bons costumes como um balsamo contra a monotonia monastérica dos dogmas sociais. Feliz daqueles que podem e conseguem quebrar a tradição insípida e inodora da casta burguesa elitista e ousar, criar e interpretar de acordo com um estilo próprio e pessoal pelo menos um pequeno hiato de vida, uma pequena ilha paradisíaca em um vasto oceano de tormentas e de procelas.
Oh! Doce loucura, vinde a mim antes que seja tarde , e a tristeza que me desculpe porque já estou de malas prontas, hoje a fantasia veio ao meu encontro, vou por esse mundo, enquanto cai a noite, montado naquele alazão dourado, dourado como o clarão da lua que veio pra me saudar.
Como no ano passado em Mariembad, com passos e mais passos na calçada, gente que vai, gente que vem e de repente, não mais que de repente todos imóveis como estatuas , em traje a rigor, sentados em cadeiras estilo vitoriano , numa vasta relva de um grande jardim.
Cena bucólica. Surreal. Nisso surgem os três mosqueteiros : Atos, Portos, Aramis mais o D!Artagnan,que brindaram a todos com o cálice do Santo Graal. Mas antes que terminassem o brinde, surgiram os cavaleiros da Tavola Redonda, capitaneados pelo não menos grande Rei Arthur, tendo sempre a seu lado o também não menos grande Lanceloti (que copulava pelos cantos do castelo com a mulher do Rei Arthr), assim , instruídos pelo mago Merlin, vieram reclamar a posse do Santo Graal. Nisso o anfitrião, em belíssimo traje a rigor, levantou-se de sua cadeira vitoriana, pegou um CD do Stan Getz e colocou para tocar.O som do saxofone do Stan despertou a letargia de uma belíssima mulher vestida apenas com uma camisola transparente, deixando vislumbrar seu corpo lindo, que calmamente veio até perto de mim e começou a dançar em minha frente, até que estendeu a mão para mim e todos se despediram e se misturaram na multidão com mais passos e mais passos na calçada, num vai e vem onde se via apenas os pés calçados com belíssimos sapatos de cromo alemão, muito bem polidos e brilhantes.Alguém estava sentado no alto de uma torre tocando citara olhando os campos se incendiarem, igual a Nero, também tocando citara vendo Roma se incendiar. A fumaça e as nuvens se dissipavam junto as brumas de Avalon.
Não me lembro de mais nada. Foi um sonho longo e em branco e preto. Raramente sonho colorido. Nem é preciso recorrer as teorias de Freud ou Carl Jung para entender os símbolos e signos deste sonho. Porem tudo pode ser uma tremenda droga medíocre ou ser uma genialidade, porque a mediocridade e a genialidade são dois fios tão tênues que quase se tocam.
Todos querem,e se preocupam em ser geniais e acabam sendo medíocres e vulgar.
Que tal sermos medíocres ou mesmo vulgar ,que assim teremos maiores condições de sermos autênticos. Pode faltar conteúdo, mas vai sobrar espontaneidades, porque não adianta estar tecnicamente bem feito, precisa ter expressão e comunicação.


-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-. 31-12-2003 -

QUINQUILHARIAS DA ALMA




Falta um mote para a última flor do Lascio desabrochar. Meu estro emudece. Já não ouço o canto do rouxinol, ou da cotovia gorjear no terraço de Romeu e Julieta.
Sentei-me então no canto da realidade enquanto os sonhos me abandonaram.







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OS QUATRO GIGANTES DA ALMA
O medo - a ira - o amor - o dever



Livro escrito por Emilio Mira Y Lopes – professor de psicologia e psiquiatria da Universidade de Barcelona – Espanha. (editado no Rio de Janeiro em 1955), analisa cientificamente essas quatro manifestações da alma, do qual vamos tirar algumas considerações mais adequadas para nosso caso.
Na pagina 165 cita : - “ Freud opõe, de certo modo, a civilização ao prazer : o preço da cultura é a renuncia às satisfações mais elementares, que no homem primitivo se obtém direta e facilmente. Desta forma, ao criar proibições e “tabus”, o homem culto reprime e comprime seus impulsos naturais e estes recaem sobre ele, dando origem ao sofrimento e a angustia...”
Em outro trecho comenta : -“ Usar o medo sem se anular, a ira sem se consumir, e o amor sem se extasiar, é talvez difícil de conseguir, mas não impossível. Os vícios podem ser transformados em virtudes; Freud nos demonstrou e provou as rotas desse processo de “sublimação”.
Na página 179 comenta : “ ... Isto de torna inevitável, porque o amor é, por definição, um processo complexo e contraditório, que não pode ser situado nem limitado concretamente em um determinado setor conceitual. Sua energia não somente é a maior e a mais variada de quantas podemos imaginar, mas alem isso, ainda aspira, engloba e incorpora, por uma “adsorção” sui generis, as de seus gigantescos companheiros de morada (o medo – a ira – o dever ). Por isto, talvez seja a única força capaz de aumentar na razão direta dos obstáculos ou resistências que se lhe opõe. Por isso, também, triunfa em definitivo sobre seus adversários mesmo quando estes se unem em consorcio para anulá-lo. Entretanto , não há exemplo de outro ser que seja capaz de revelar maior delicadeza e sensibilidade, maior variabilidade e instabilidade. Delicado e forte, puro e perverso, terno e cruel, audaz e tímido, sincero e teatral... não há contradição e antinomia que não possa ser encontrada na história do Amor.””
Falando agora na primeira pessoa, achei oportuno citar textos e considerações cientificas que explicassem a fisiologia de fenômenos sempre tratados de forma tão corriqueira e banal que tiram a força do conteúdo. Da parte da razão como da parte da emoção, a linguagem dos amantes sempre foi, é, e sempre será a mesma Assim como se vê e se comprova,a Arte e a ciência imitam a vida, como também pode se afirmar, a voz dos amantes é a voz da verdade e o que é a verdade se nem mesmo Diógenes que saiu com uma lanterna procurando-a não a encontrou!




Ingres speltri
Vinhedo - 01-01-2004 - 10,30h.


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APOTEOSE DOS SIMBOLOS



Quando a sorte está lançada, vamos em frente,sem nada temer, cantando “ lé com lé, cré com cré, um sapato em cada pé”, e de nosso bolso tiramos uma bússola cujo ponteiro está apontando para cima. Afinal que direção é para cima? Comigo tudo é diferente, ou será que eu vejo tudo diferente. Olho novamente a bússola e decido seguir a direção de seu ponteiro : para o alto , para cima, onde ficam as terras do sem-fim. Foi Thikerbelle, a fadinha mágica do Peter Pan ,que balançando sua varinha, espargindo estrelinhas luminosas pelo novo caminho que seguia para cima e para o alto.Até que fui parar dentro de alguma coisa escura que com muito esforço consegui abrir a tampa e quando me dei conta estava dentro de um bule, por sorte vazio. Com o esforço para sair desse local estranho, me fez cair em uma bandeja de prata sobre a mesa onde tomavam chá o Sr. Sigmund e o Sr. Gustav Carl, que olhando para baixo e me vendo infinitamente pequeno e naquela situação inusitada, um cerrou o cenho e o outro coçou a barba (ou será que não tinha bar ba, não importa) como que dizendo : - “Não tem mais jeito. Temos que levá-lo para o trono para que assuma suas reais funções.”. Aí me trouxeram um violino com apenas uma corda. Lembrei-me de Paganini que passou por uma situação idêntica, só que o maior gênio do violino de todos os tempos, tinha um pacto com o diabo, que mesmo assim executou uma ária demoníaca em apenas uma corda. Eu com aquele violino que tinha apenas uma corda, sem ter pacto com o diabo como Paganini, o que poderia fazer? Ah! Mas eu tinha um pacto com Thikerbelle que aspergindo estrelinhas luminosas sobre o violino, transformou-o num lindo corcel dourado, cujo nome é raio, Raio de Luar. Montei o fogoso alazão da noite e sai em tropel pelos caminhos da poesia em busca da amada, já que o céu estava aberto no crepúsculo dos deuses que ressuscitaram para me receber e me entregar o pote de mel guardado lá no alto da colina e com o qual untaria o corpo da amada para depois, com a língua de um dragão, incandescente e em labaredas enxugar esse corpo de tão lasciva dádiva.
Assim como Paganini tocou uma ária com um violino de uma corda só, eu também, com uma corda só conduzia o corcel dourado, cujo nome é Raio, Raio de Luar.Com uma corda só andava devagar, como na canção do Renato Teixeira ; -“ando devagar, porque já tive pressa, e trago este sorriso porque já chorei demais...” e vai por aí afora.
Não me acordem! Não me tirem desta loucura! Não quero voltar a razão já que o surreal me leva a delírios e sonhos inatingíveis.
Deixemos a razão para Sigmund e Gustav Carl resolverem o que fazer com ela. Porem, o sonho, a fantasia, o ideal, o surreal, o desejo, se forem tirados de alguém, é melhor que lhe tirem a vida.
Como disse André Breton em seu manifesto surrealista : -“ Quem não consegue imaginar um cavalo galopando sobre um tomate é um perfeito idiota”.



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CONTINUANDO O DELIRIO
Fiquei imaginando uma maneira de transformar a visão real do mundo. Achei que poderia existir um par de óculos (como em um filme europeu dos anos 50), que através dos quais tudo , simplesmente tudo seria lindo, divino e maravilhoso. O que era real se transformaria em uma visão fictícia, oposta, mas sempre do pessimismo para o otimismo; do ruim, péssimo, feio, mau , para o bom, divino maravilhoso, belo, fantástico. Nossa imagem seria jovial, alegre e cheia de vida. Não existiria gente feia nem por dentro e nem por fora, muito menos pobres e mendigos. Não haveria competição, e todos estariam felizes , contentes e realizados como eram, e com o que tinham. As aparências saudáveis, otimistas , radiantes.Todos se cumprimentavam gentilmente , tratavam-se com cordialidade e respeito. Não haveria mau humor, intolerância, violência e agressividade. Todos se amavam numa escala de igualdade e confraternização. No entanto essas visões se dissipavam quando se tiravam esses óculos mágicos e tudo voltava ao normal. Cada um teria a opção de usar esses óculos em tempo integral de vida, ou optar por usá-lo de vez enquanto, principalmente quando a ótica estivesse míope na visão da realidade conveniente. Outros poderiam optar por nunca usá-los.
Enquanto estava imaginando esta possibilidade surreal, lembrei-me que esta é exatamente a imagem que todas as religiões pregam da outra vida alem desta. Porem, nesta promessa eclesiástica da outra vida, todos usariam esses óculos milagrosos em tempo integral.
Seria possível esse mundo? Haveria condições para se desenvolver vida em tais circunstancias? Como seria a evolução estando tudo na mesma escala de valores. Se não houver evolução, ficaria tudo estagnado em uma profilaxia estéril. Não haveria desejo, não haveria ideal a ser alcançado. Não haveria correções de rumo anulando desencontros e enganos. Não haveria o prazer de cometer erros e acertos. E para onde caminharia esse mundo. Qual seria o objetivo dessa vida. . Como seria o começo, meio e fim. Principalmente o FIM, que ironicamente foi o começo deste ensaio.
Neste nosso mundinho a gente nasce, cresce, vive e morre, em que cada fase tem suas nuances com características imprevisíveis que valorizam o dia a dia com novas expectativas planos, projetos em uma evolução constante e perene. Esta vida não é estática e quando parece ser, nos rebelamos criando novos estágios de busca e procura de novo prazer que nos excitem e nos despertem novos desejos e realizações.
Quem se acomoda em uma vida monótona, dependente de um provedor constante e fixo, para satisfazer não as próprias ansiedades mas sim a do benfeitor ingênuo, pretendendo colocar os óculos mágicos para ter uma visão irreal mas que acomode, sem revolta ou contestação uma vida falsa sem nenhum atributo que valha a pena vivê-la
O outro mundo pode ser tão utópico quanto prometem as religiões , assim como a Terra Prometida que todos almejamos e vale a pena pensar que ela exista. Mas este mundo, este aqui, é uma verdadeira batalha de vida e de morte, onde os fortes triunfam vencendo os quatro gigantes da alma bem como tantos outros que habitam a mente em suas veredas e vielas em um verdadeiro labirinto de emoções. Enquanto houver vida, existe essa batalha e é exatamente essa luta que dignifica nossa existência. Se não for assim então é o FIM e entenda por fim o que quiser. A batalha final será quando pudermos dizer :- vim, vi, e venci.
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GRITOS E SUSSURROS


A vida as vezes fica como horas mortas em tempo vivo. Tudo parece um não ser até quando será. Adorando, gritando, sentindo o mel se derramando, se perdendo nesse infinito delírio incessante, nessa luta , gemendo na ânsia de tanto te dar. E o teu rosto sorrindo,ouvindo meu sussurro com a fome e a sede de tudo que preciso de você. De repente, sinto a mulher brotando da inocência daquilo que é bom e sempre será e pouco me importa se alguém não quiser. Assim eu rondo os mistérios de um alguém que não desistiu de gritar, pois vou te buscar e hei de te levar para o altar dos anjos , onde darei um diadema lá do céu pra te enfeitar.
Minha culpa é não ser o que seria melhor para você, mas eu procuro um jeito de explicar e você bem poderia aceitar porque a gente nem percebe diferenças tão banais assim a vida depende só de dois. Eu sou um homem e você é uma mulher.
Brilhando de noite na escuridão, você é a luz exata. Revelação dos deuses da mata, nunca desapareça estrela guia do rumo do bem querer , que brincando de querer-bem-querer-me-quer , brilhante luz do meu pensamento, me faz sentir mais homem diante de tal gigante de mulher. Abdico ao trono se não a tenho como rainha porque quem me chamou não vai retornar, e o fim da vida mostra que as emoções mais fortes ainda estão por acontecer. Tudo é questão de imaginação toda vez que o mundo diz não.Não se espera um fim porque ele não vem e na ânsia de chegar lá, quero gritar aos quatro cantos, mas para não assustar os teus encantos, sussurro baixinho que te amo.
Me vejo cantando, remoçando poetando, tocando e dançando em um novo momento que já era perdido, desconsertado, já com o sangue sem sal. Seria regra geral acreditar que isto não é real, mas um segredo existirá somente, porque feio ou bonito não importa . As pedras rolando com nosso ideal por quanto já fiz construir, mesmo que todos gritem não, ha um sussurro do vento noroeste, que vem lá da colina , onde canta o sabiá, e por mais terra que percorra não permita Deus que eu morra sem que possa te beijar.
As horas passam e levam consigo um pouco mais de vida que não volta, por isso chega de tentar e essas horas predestinadas ainda não chegaram porque são as horas mortas em tempo vivo que deixará apenas um segredo, um silencio e uma saudades...


02-01-2004 - l8,30h.
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FRAGMENTOS

Elucubrações mentais se arvoram em devaneios poéticos que se aproximam de Cervantes, Camões e Dante que ejacularam o orgasmo da interpretação sui generis do cotidiano em ilações metafóricas , das quais ,como gênios tinham todo o direito de expeli-las , mas nós aprendizes medíocres de pensadores em metrificação de alexandrinos e parnasianos chegamos ao ridículo da gloria insana.
Grande Camões do : “cessa tudo que a antiga musa canta que um valor mais alto se levanta”.
Grandes mestres de epopéias, de Ilíadas e Odisséias, do que , para que, e para onde?
E ainda mais , o que importa? Será que as alucinações do mentecapto D.Quixote, o surrealismo de Virgilio e Dante perambulando pelos subúrbios da outra vida e as aventuras de além-mar dos navegantes portugueses dos Lusíadas são mais importantes que o universo da minha mente coabitado também por símbolos, signos e delírios igual ou tanto mais que os outros? Somos todos iguais, na forma e no conteúdo. Na insignificância e na grandeza. No amor e no ódio. Na vida e na morte. Os opostos estão ligados por um fio tão tênue que quase se tocam. Alias alguém já disse que os opostos se atraem.Mas quem me dera como Dante ter uma Beatriz que desce dos céus para buscá-lo no Limbo, e de quebra com a escolta do grande poeta da antiguidade , Virgilio.. Quem me dera, estagiar no purgatório da vida e espero que te espero no patamar das ilusões e se estou deixa ficar, com os pomos de minha arvore que nunca estão onde estou.
Depois de total imobilidade em calmarias de água paradas, volto a içar velas ao vento da imaginação que sopram para o Norte, no rumo de meus pensamentos .Dias e horas afastado das palavras e criando com cores e formas as imagens da imaginação.
Feliz daquele que tem linguagens diversas ferramentas impulsos e trações para exprimir a vida. Deixo temporariamente as cores. Volto as palavras com um coração que não se cansa de buscar aquilo que quer e fez do sonho uma criança que existe em mim. Por que não. Porque não .
Sou o capitão do meu barco que tem por nome Sorriso e com o Sorriso vou singrando as águas claras e profundas ouvindo acordes dissonantes com olhos gigantes sobre mim.
Segunda feira se está na fossa e viva banda porque toda essa gente espera o que se esconde atrás do poder atômico e toda essa gente , legião de super heróis, super isso, super aquilo e super nada.
“Soi loco por ti América, soi loco por ti de amores , tus ojos como bandera.”
Os amantes querem tomar o poder e ser a classe dominante e mudar a estrutura e fazê-la explodir, porque são todos iguais aqueles que não foram e se fossem não seriam.
Enquanto sopra o vento Norte, subo até a gávea e grito aos quatro cantos :- abaixo a moralidade e todos nos locupletemos.
E o Sorriso segue ao largo, impávido colosso, cortando águas limpas, águas sujas, águas rasas, águas fundas nem se importando com o sexo dos anjos porque o jeito é fazer uma canção de amor e depois um tremendo auê enquanto estou sozinho na noite estrelada e no céu um objeto não identificado portador de um bilhete sentimental escrito FIM.

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POETA DESCALÇO

...vendo as nuvens, estrelas, palavras e um pedaço de pão, começa tudo de novo
a sós, absolutamente a sós, enquanto tudo a volta se foi e não volta
procuro os meus sapatos para poder viajar nesse tempo azul de todas as cores
um azul tão cobalto de anil que só de ver me deu sede
enfim,adeus Rosinha, guarda consigo meu coração que ele vai brotar longe
das léguas e da solidão, espero o tempo de voltar
ainda que seja tarde, tarde do dia, tarde da noite, tarde da vida
na vontade e no desejo, mesmo descalço nesse caminho
venha, olhe, não me esqueça , vamos ladeira abaixo, seja o que Deus quiser.

É tarde,quero ir embora e quero que você venha comigo
alem do arco-íris onde tem um pote de ouro esperando por aquele que chegar primeiro
e traga consigo a rosa alada, endeusada, sagrada
uma a uma após outra até que cubra todo o monte de Vênus, Afrodite e Messalina
e assim pisando as pedras descalço, não acho meu chapéu
bem no fim do horizonte onde o mundo acaba e o sonho começa
ia apanhar o ouro, mas alguém chegou primeiro, o que era meu o outro levou
no canto do outono, em Paris ou Montevidéu, não importa onde
eu vim pra cantar as canções de ninar, de dormir e de sonhar.

Cansei e desta vez já cansei, chega não vou mais falar, nem vou mais falhar
Com a voz já cansada e rouca, já que louca não parece nem pretende ousar em ser
para que eu faça mais, que só quem ama tem razões para fazer
uma vez mais, mesmo que eu sofra, faço mais, muito mais
embora as loucuras que já fiz das fantasias dos meus sonhos
louvam a deusa do tormento e dos meus ais
impaciente no querer que admite, porque a realidade nos limite,não adiantas mais,
fazer loucuras de prazer
e depois sofrer...


portas, janelas e quintais, palavras, coisas, etc’s e tais,
agâmico,embora não tanto ainda, que reste a forma e a coragem
em manter a majestade de quando foi rei e posa de herói
utopia gloriosa que mantém acesa a chama, que chama, que clama
éden perdido por um destino fatal, brutal, que mutilou a carne
jogo lúdico do prazer, do querer, do fazer e do viver
insubordinado tesão que aflora sem permissão do poder
não importa os costumes, o tempo lá fora, as regras do jogo
embora ultrapasse os limites do tempo e da loucura sem fim.


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O SONHO CONTINUA


Depois de um longo e tenebroso inverno, como a ave que volta ao ninho antigo, voltei ao texto, com novos ventos do quadrante norte soprando favorável em direção as planícies da geografia de um corpo, com seus montes, montanhas, píncaros da gloria em cujo cume fincarei uma bandeira que irá tremular até o fim dos tempos.
Volto sorrindo daquilo que foi sem nunca ter sido em um breve exercício de insanidade que me transforma em um anjo.
Quando se ouve algo que deixa feliz,quando se é importante como a própria vida, e não se pode perder por nada deste mundo, e que nem mesmo as grandes pinturas tocam sutilmente a alma,que as palavras entorpecem e tiram a razão como a arte que é a busca e a expressão. Antes , em um mundo monótono e triste, mas a inspiração do Mestre que ensinou a interpretar a vida com intensidade e beleza. Paciência. Antes o Mestre em todos os sentidos, como também a selvageria das cores fauves que alegram e contrastam a vida. O tempo mudará os costumes.
Há um novo rumo determinado pelos deuses, e a nau Sorriso volta a singrar os mares de vida em vida que de morte em morte em uma sucessão de existências conduzindo sempre a mesma tripulação para um destino inexorável tanto porque quando vejo o Sol no horizonte não sei se vejo o fim da tarde ou o começo do dia e isto merece uma reflexão, tanto quanto pensar que para fazer uma omelete, quebram-se os ovos, assim como a realidade da vida nos limite, porem as fantasias e os sonhos admitem paralelas como as linhas de um trem. Para o trem da vida andar precisa estar sobre as duas linhas, uma falsa e uma real e qual é uma e qual é outra, que afinal se confundem. Que importa saber? Pra que tantas palavras, palavras e mais palavras que são limitadas para expressão maior do Eu Superior de cada um. Viver, sim viver é preciso, o resto é resto. Viver, dormir, sonhar, assim não mais termina a vida... senão antes a nau Sorriso navegar os mares do teu corpo em calmarias, penetrando em labirintos de águas claras e profundas, com todas velas ao vento que sopra forte para o infinito prazer.
Cordas, correntes , não conseguirão amarrar o pensamento , a vontade e neste rodeio,prenda minha, porque quando for de madrugada todos foram embora e eu fiquei só , só a ver, ouvir, sentir, e não ter, é irremediável, é impossível. É o fim.
Aí o caminho se revelou e a tristeza acabou.
Mares, mares, e eu navegante do teu corpo , jamais esqueceria, porem mando um abraço para aqueles que ficaram, e eu errante navegante, jamais voltaria porque tenho muitos astros como guia. O tempo e o espaço são poucos para tal viagem e se quando acordar ainda for gente quero ser como dantes na terra de Abrantes.
O que será? Alguma coisa está no ar, e que seja como o som do Stan Getz, e se não for pra que adivinhar a alegria de existir e minha mãe festejaria comigo a descoberta!
Se tudo voltou inesperadamente e o inesperado assustou tanto que a beleza da ternura se escondeu bem devagar.
Sem perceber a beleza voltou bem devagarzinho e veio pra ficar, porque a beleza está nos meus olhos e no que eu vejo, assim como as coisas não são como a vemos mas sim como interpretamos.
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A PALAVRA DOS SÁBIOS

Ao longo deste ensaio foram feitas diversas citações de poetas, filósofos, escritores e psiquiatras e cada um , com suas palavras e teorias, por caminhos diferentes , conduziram as questões para um mesmo ponto, cuja vertente é sempre a ruptura das tradições, a ousadia, a criatividade e outros conceitos de incentivo e auto-ajuda.
Dentre esses grandes pensadores citados neste trabalho, não poderíamos deixar de mencionar Jiddu Krishnamurti (nasceu na Índia em 1897 ), do qual passaremos a transcrever trechos de seu livro “Reflexões Sobre a Vida” (editora Cultrix-2ª.edição) :
-“ O objeto de meu apego oferece-me o meio de fuga ao meu próprio vazio. O apego é fuga, e a fuga é que robustece o condicionamento. Se vos tenho apego, é porque vos tornaste meu meio de fuga a mim mesmo; por isso, sois muito importante para mim, e tenho de possuir-vos, manter-me preso a vós. Vós vos tornais o fator de meu condicionamento, e a fuga é o condicionamento.”(pág.11)
“Tudo o que o pensamento faz com relação a solidão interior, é fuga, é um meio de evitar o que é. No evitar o que é o pensamento cria seu próprio condicionamento, que lhe impede de experimentar do novo, do desconhecido. O medo é a única reação do pensamento, diante do desconhecido; o pensamento poderá dar-lhes nomes diferentes, mas é sempre o medo.Vede, somente, que o pensamento não pode atuar sobre o desconhecido, sobre o que existe atrás do termo “solidão interior”. Só então pode revelar-se o que é, e este é inesgotável.”(pág.17)
“Estais dizendo que a busca de satisfação,em qualquer nível que seja, é de fato uma busca de sofrimento. O esforço visando satisfação é uma pena constante. Mas que devemos fazer? Desistir de buscar satisfação e nos deixarmos estagnar?
Quando não se busca satisfação, é inevitável a estagnação? Ora, por certo, em qualquer nível que seja, a satisfação é sensação.. O apuramento da satisfação é apenas apuramento verbal. A palavra, o termo, o símbolo, a imagem desempenham um papel importantíssimo em nossas vidas, não é verdade? Podemos não buscar o “toque”, a satisfação do contato físico, mas a palavra, a imagem se torna muito importante. Num nível, acumulamos satisfações por meios grosseiros, e noutro nível por meios mais sutis e requintados; mas a acumulação de palavras visa o mesmo fim que a acumulação de coisas, não é verdade?(pág.45)
“ O amor não é um refugio diferente, na busca de segurança. O desejo de segurança tem que cessar completamente, para que o amor possa vir.” (pág.126)
“ O começo é o fim. Peregrinei por terras longínquas, vi e pratiquei muitas coisas, sofri e ri como tantos outros, para afinal retornar a mim mesmo. Sou como aquele sannyasi que se pos a caminho em busca da Verdade. Durante anos e anos andou de instrutor em instrutor, cada um dos quais lhe indicava um caminho diferente. Por fim, cansado, retornou ao lar e ai, na sua própria casa, achou a jóia que procurava. Que insensatos que somos a esquadrinhar o Universo, em busca daquela felicidade que só pode ser achada em nossos corações, depois de expurgada a mente de todas as suas atividades.Tendes perfeita razão.Começo do ponto de onde parti.Começo com o que sou.”(pág.98)

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1-2004


RECOMEÇO

Scala , 940 Fm, 6,40h. uma lâmpada queimada sobre a mesa e uma camisa usada na cadeira, então recomeço com o que sou, e com o que tenho. Mas se aparecer a Chiquinha Bacana com uma cesta de rosas , mais uma camisa limpa e uma lâmpada boa, mudará alguma coisa em minha essência, mudará o rumo de minha vida? Não! Não mudará nada, pelo contrario só irá atrapalhar um caminho traçado com firmeza pelas quebradas da vida , com garra e coragem, escolhendo a dedo os que poderiam trilhar comigo esse caminho conciliando o presente,o passado e o futuro.Foram minhas as opções. Foram minhas as escolhas e não quero mudar porque escolhi sempre o melhor, a mais bonita e a mais cara das camisas. Puro algodão, manga comprida, ideal para o verão, porque não tolero tecido sintético. Ou seja não gosto de nada falso. Gosto do verdadeiro. Não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho, e deste pequenino mundo sou o senhor absoluto, dono das vontades, dos prazeres, das virtudes e dos vícios, das vitórias e das derrotas, de tudo enfim que moldou este Ser que hoje sou . Se mudar minhas referencias, não serei mais esse Eu, então vivi em vão. Assim essa jornada terá que continuar acrescentando o que possa contribuir para sua evolução, mas nunca, jamais se entregar a momentos fúteis, devaneios que desviarão a rota de um destino já traçado e consolidado, porque esse Eu que sobrou nesta altura da jornada, corroído, encarquilhado e mutilado ainda não terminou a missão de pelo menos espalhar dúvidas, crenças, destruir tradições e quebrar paradigmas por esse mundão aberto sem porteira. E ainda mais por ter a fiel escudeira baixinha companheira, vera que é fácil levar esta vida por mais atrapalhada que possa parecer.
Quem viver Vera, verá! Mas ninguém viverá Vera depois de mim, porque não cabem dois sois nesse Universo, assim, por mais terra que percorra, sempre volto para cá.


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OS DEMONIOS DA MEIA-NOITE



Foi nesse ponto da história que percebi que a coisa toda não era como eu estava achando até então, porque um dito popular garante que tarado é um ser normal apanhado em flagrante, esse é o grande problema dos preconceitos o que torna problemático é ficar livre deles. Resultado : jamais saberá se perdeu algo que realmente valesse a pena, dado o devido desconto das fantasias que cultivamos em nós.
Na verdade é triste ver chegar a um ponto difícil de se chegar, em que foi dado o primeiro passo e abrir mão de uma vida rica e cheia de imaginação, baseado apenas no fato de que quando um não quer dois não brincam.
Afinal, não há pomos onde nós estamos, aqueles que eram sem nunca ter sido. Essa é boa : aquilo que era sem nunca ter sido.
Cada momento da vida é como uma obra de arte, que para sua elaboração o artista força coração ,nervos músculos, tudo enfim quer seja que neles ainda exista, e depois da obra pronta já está velha, parte-se para outra.. Assim, quando está se vivendo um momento positivo, tudo é divino maravilhoso e apoteótico, mas, em um estalar de dedos tudo vira passado. Fica a lembrança, a saudades.
Aquelas férias, aquele passeio,, aquela praia, aquele restaurante, tudo virou passado muito depressa. Pode ser que voltem esses momentos, mas serão outros momentos. Momentos são, iguais aqueles que não virão.
São esses os demônios da meia noite. São os demônios da insônia.
Tudo por aquilo que foi sem nunca ter sido.
Se foi ou não foi não deu nem pra sentir, porque se foi, não aconteceu e se não aconteceu já era, porque assim caminha a humanidade. Enquanto uns acham que encontraram as esmeraldas e vão morrer felizes , contentes, e realizados.
Assim surgem as viúvas solteiras enquanto a orgia macabra das alucinações psicóticas e psicodélicas. O que seria do azul se todos gostassem do amarelo, não haveria prazer na disputa heróica como um gladiador na arena com os leões.
Decifra-me ou te devoro, sim, não sou
esfinge, mas, decifra-me ou te devoro
Aí é só abrir uma lata de espinafre, comer todo espinafre, virar um super herói, e salvar a Olívia Palito das garras do João Bafodeonça.
Fica o dilema em sabe r o que vale mais, se um passaro na mão ou dois voando ou duas abelhas voando e nenhuma na mão?
Como a ave que volta ao ninho antigo quero voltar para teus braços meu primeiro e virginal carinho. Quem viver Vera. Vera.
Isso me lembra a formiguinha que atravessou o rio nas costas do elefante e ao chegar na outra margem ela muito educadamente disse : - “Muito obrigada , seu elefante”.
E o elefante respondeu: -“ muito obrigada nada, vai baixando as calcinhas”. Essas coisas inverossímeis, impossíveis, que jamais aconteceriam, se assemelham a tantas outras que acabam virando piada. E piada de mau gosto.
Aí a gente levanta aquela duvida retrograda : será que vale a pena levar a vida com tanta seriedade, ou vamos levar essa vida na gozação, na brincadeira e no esculacho, porque apesar de tudo hoje eu quero a rosa mais linda que houver para enfeitar a noite do meu bem.
Nessa altura do campeonato se não tem tu vai tu mesmo, porque a gasolina comum está r$ l,89, o álcool a 0,99, então como vamos fazer?
Olho para a esquerda e uma seta manda seguir em frente, olho em frente e a velocidade permitida é de 70kh, e o mostrador na esquina indica 28 graus, proibido conversão a esquerda, e amor aos pedaços. Pinheiros – Av. Dr.Arnaldo em frente. Muita gente fazendo Cooper no calçadão. Fiscalização fotográfica de velocidade. Velocidade máxima 50kh. O verde eventos, o brilho da lua. Assim a gente vai dando um atendimento de alta classe as viúvas solteiras, e alem da sua imaginação , mega construções. Composições apoteóticas , apopléctica de arquétipos, porque a alternativa é a ponte da cidade Universitária sentido Butantã., porque todas essas ações estão muito alem da voz e a segurança privada deve estar na privada, puxe a descarga e seja feliz.
É impressionante a quantidade de bobagens ditas de uma só vez, mas como é gostoso falar bobagens, aleatórias, sem nexos, sem sentido aparente. É bom soltar a cabeça, quebrar paradigmas , regras e tradições, como já disse em outros meus alfarrábios, a genialidade e a mediocridade (leia-se bestialidade) estão separados por um fio tão tênue que quase se tocam.
Falar palavras, palavras, palavras e mais palavras.
Alo, alo, alo, “tensão”, “tensão”, um dois, um, dois, feijão com arroz. Testando. Testando. Um dois. Um, dois.
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Como estou dirigindo? Ligue para o 0800.
Mulheres, mulheres e mulheres, esta é a melhor linha de descartáveis. Se correr o bicho pega , se orar o bicho corre.
Baixando o nível do texto, nesta altura do campeonato se a vida virar as costas para mim eu passo a mão na bunda dela..
Operação horário de pico, congestionou sua cabeça, verifique sua placa e o dia da semana. Ou então tome uma ducha gelada de canudinho, porque o que mantém a longevidade, a saúde, a resistência, a inteligência, a beleza e outros tantos atributos é uma receita infalível usada por Matusalém, transmitida de geração em geração que consiste em muito vinho e muito sexo com amor. Vinho e sexo se possível três vezes ao dia. Não importa a marca do vinho. Pode ser vinho nacional e sexo oral.
E chega por hoje!




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TEMPO PERDIDO,TEMPO ENCONTRADO


Encontrei meu estro que estava perdido no tempo e no espaço, infinito tempo que agonizou penitente em soluços e pranto que no entanto não voltou jamais a angustia da espera da dor de não ter.
Ah! Passado se fosse presente, não seria o penitente, nem pedinte, nem indigente como um pendulo da vida que vai pra lá e pra cá, do metrônomo que marca o compasso do movimento da musica que dançamos no destino que escolhi e que mudei.
Artista volúvel e voraz, que se quiser rima é só chamá-lo de hospede de Alcatraz. Sensível célula de constante geração criativa de impulsos invariavelmente incompreendidos pela plebe ignara. O que fazer quando encontramos a arvore derreada de dourados pomos e a arvore está cheia de marimbondo. Talvez sejam até os Marimbondos de Fogo de José Sarney.
Triste a angústia do ter e não ter em tom profundo. Mas o dilema persiste é certo e mesmo assim vivendo incerto eu vou.
Mas na vida do artista ele está sempre começando novas obras e a última sempre é a prima, por isso a qualquer momento surgira a prima que dormira com o Mestre para gerar a penúltima.
Ah! se o passado fosse presente............

Ah ! se o passado fosse presente eu seria o mais novo residente das fantasias, alegrias e alegorias que o sonho pode sonhar, mas o que restou foi um silencio, um segredo e uma saudades.





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CARAVANA DA ALEGRIA

La em casa tem um bigorrilho, bigorrilho fazia mingau, bigorrilho foi quem me ensinou a tirar o chapéu do Lalau. Trepa Antonio, o siri ta no pau, eu também sei tirar o chapéu do Lalau.
Da insipidez fria e mórbida da letargia sentimental. Onde estão as trombetas de Jericó anunciando o novo tempo do terceiro milênio da globalização. Onde está Moisés descendo o morro com as doze tábuas dos novos mandamentos onde o homem e a mulher são produtos descartáveis. Onde está teu sorriso e aquele motivo pra gente se amar.Onde está J.S. Bach com os acordes de sua Tocata e Fuga em Re menor. Onde está Einstein com a teoria da anti-matéria desvendando os últimos mistérios deste mundo. Sim, porque quando se encontrar a anti-matéria, aí chega-se a solução final. Onde está minha musa, minha deusa, para me inspirar a produção de novas obras para a posteridade, porque estou aqui abandonado, jogado num canto, passando frio, fome e todas as privações da vida. Que destino tens vida bendita, que destino tens nau em tormento, pese sobre mim a calma aflita, suportar tão grande sofrimento. - Que dramático!! Que força de expressão do final do Século XIX!! Parece letra de tango brega, ou monólogo de filme mexicano dos anos 40.
Que surrealismo mais esdrúxulo um Deus pegar um monte de barro fazer um homem, dar um sopro e esse boneco ter vida.Dai tirar uma costela desse primeiro suposto homem e fazer uma mulher e os dois não poderiam transar porque seria pecado, ou seja, Adão não poderia comer a Eva em forma de maçã. Poxa! Se não podia comer a maçã, então porque fez!E nós crianças, como toda criança de todos os Séculos tinham que acreditar nessas baboseiras. Quando a hipocrisia fundamentava a formação de ideologias do tipo de historias de Adão e Eva, cobras e maçã, o mundo ficava ancorado em um patamar de ignorância. E assim se o mundo começou com mentiras, onde poderia chegar? A Humanidade sempre embarcou em uma canoa furada imposta pelas classes dominantes que manipulam a opinião pública. Nós incautos, pobres , inocentes e crédulos, sempre caímos no conto do vigário.
Assim caminha a Humanidade como sempre caminhou onde mudam as moscas mas a merda é sempre a mesma.
Alo Alem. Alo Alem. Aqui anjo Capilé chamando, cambio. Alo Alem. Alo,alo, alo. Aqui anjo Capilé falando diretamente aqui do céu. Cambio.
No céu e no inferno todos os residentes eram separados por categorias e havia no céu a ala das mulheres virtuosas, honestas e no inferno , a ala das mulheres adulteras, safadas, desvirginadas até no ouvido e umbigo. E os setores entre céu e inferno eram interligados por estradas. E o departamento das mulheres entre céu e inferno tinha uma estradinha de terra toda suja e mal conservada, cheia de lixo e mato. Aí São Pedro chamou o Capetão e propôs que fosse feita uma limpeza e embelezamento dessa estrada, que para tanto o céu se encarregava da sua metade e o inferno se encarregaria da outra metade da estrada. Assim fecharam o acordo. Passado algum tempo em que o inferno tinha cumprido sua parte e feito o serviço e a parte do céu continuava do mesmo jeito. Aí o Capetão chamou S.Pedro e reclamou o fato, ao que S.Pedro respondeu:- “...sabe Seu Capeta, aqui no céu a ala das mulheres virtuosas e honestas está vazia, não tem ninguém pra fazer o serviço. Preciso esperar que chegue alguma, mas está difícil...
(Essa é meio infame, mas, por enquanto deixa)
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REINVENTANDO A VIDA

O ritmo acelerado do dia a dia da vida , gera mudanças no modo de pensar, de fazer , de sentir e do próprio viver. Altera o comportamento, confunde e gera ansiedades, onde a única saída plausível , satisfatória , é reinventar a própria vida.
Existem forças poderosas ativas no mundo atual globalizado e informatizado, que querendo ou não atuam contra classes dominantes e quebram paradigmas, alteram conceitos de ética, moral e bons costumes.
Não ha como prever nem controlar essas forças dominantes que atuam silenciosamente em nossa personalidade, transformando-a e por que não dizer, aperfeiçoando-a, atualizando-a dentro de novos padrões e valores.
Essa transição é brutal e violenta porque é como se tirasse o chão onde pisamos e não sentimos segurança no “novo caminhar”.
Ha quem afirme ( Tom Peters – guru corporativo americano em seu livro “Re-Imagine”) , que o mundo passa por um período de turbulência e caos que afeta a vida das pessoas...... “ ).
Ha uma verdadeira mudança nas interpretações e tomadas de decisões, muitas vezes em “off”, que são levadas a efeito nos bastidores da vida em contraponto com sua realidade.
Ha uma posição real, outra virtual e mais uma , a desejada, que nem sempre é compatível com o real. Aí está o grande perigo do dilema a ser enfrentado, o que fazer? Continuar com um comportamento dentro dos padrões da geração passada ou acompanhar a nova geração, que contrapõe ao antigo ? Aí precisa ter muita resignação e sufocar os próprios anseios ou então ter muita, mas muita coragem e assumir a realidade das necessidades e ideologias atuais.
Entre as mudanças revolucionárias que se destaca no mundo moderno , principalmente nos Estados Unidos ( e que está exportando para o resto do mundo) , é a tomada do poder pelas mulheres, que estão se impondo pela competência, pela audácia, ousadia, determinação e revolta. Não aceitam mais a submissão do “sexo fraco”.
Porem a velocidade das atuais mudanças em que é difícil o indivíduo de cultura média acompanhar, gera ansiedade e instabilidade emocional, cuja conseqüência é um conflito de identidade.
Partindo do principio de que na vida nada é previsível, pois temos que saber administrar as incertezas e calcular o menor risco. Não ha segurança no desenvolvimento de nossos projetos de vida porque as variáveis nos surpreendem a todo momento e ninguém está seguro de nada. Estas circunstancias de vida se enquadram nas definições técnicas e cientificas das teorias sobre o caos.
Houve um tempo, até meados do Século XIX em que o mundo exigia habilidade. A habilidade permite apenas a materialização do pensamento Para se conduzir bem a vida em termos sociais, individuais, ou profissional, o individuo tinha que ser hábil.
Aí veio o período da segunda metade do Século XIX em que alem da habilidade era preciso ter muita competência. A competência permite a organização do pensamento, definição de conteúdo e capacidade de projetar. Somente os competentes eram os mais bem sucedidos.
Já no inicio do terceiro milênio estamos assistindo a prevalência de uma qualidade que supera todas as outras e que sem ela o individuo sucumbi nesta arena de gladiadores em que se transformou o mundo. Estamos falando da criatividade. A criatividade é a solução de problemas de forma original e com valor reconhecido.
Em sua atividade individual , familiar, social, estudantil e profissional, o individuo , alem de competente tem ser criativo, e para ser criativo é preciso tem muita coragem, ousadia e disposição, porque sem coragem não ha criatividade. Segundo Aristóteles, a coragem é a primeira das qualidades humanas, porque é ela que garante as outras.
Pensar, pensar muito e ter muitas idéias, porque a melhor maneira de se ter uma boa idéia, é ter muitas idéias.
Muitas vezes para acompanhar essa avalanche de evolução de conceitos e de comportamento e sentirmos confortável em nosso espaço neste mundo, é preciso abdicar de velhos conceitos e tradições que nos foram impostas em nossa infância, que na é época era o modelo vigente , aceito e adotado por todos.
Muitas vezes o individuo está desatualizado com o seu tempo e desconectado com sua atualidade e passa a ser um deposito de informações inúteis.
Todo individuo tem que estar sintonizado com o seu tempo, seu mundo e principalmente com suas necessidades, e suprir suas necessidades com competência, criatividade e muita, mas muita coragem para assumi-las.



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CRIATIVIDADE : O TENDÃO DE AQUILES DA ARTE CONTEMPORANEA

Criar é fazer alguma coisa diferente, fora do padrão. Alguma coisa que nunca foi feita. Criar é entrar no desconhecido com coragem, determinação e acreditar em si e no resultado.
Criar é abandonar o que se sabe para fazer o que não se sabe, guiado apenas pela intuição.
Criar é intuir no desconhecido.
Como foi dito no capitulo anterior, criar é solucionar problemas de forma original, com valor reconhecido.
A meu ver, aí está o ponto fraco da criatividade nas artes contemporâneas : quem vai reconhecer o valor do produto criado? Quem está credenciado para isso? Como é possível dar crédito a um juízo, se em arte o valor é atribuído e dificilmente possível de ser aferido.
Quanto tem de arte um quadro de Picasso e um pintor da praça da República? Nesses casos existe uma atenuante, em que as grandes obras e os grandes artistas passaram por um crivo de críticos e públicos por longos anos e isto funciona como uma peneira que através dos anos retém somente o que tem realmente valor. Mas e os artistas de plantão eleitos pelo corporativismo das classes dominantes? Aí surgem duas forças, uma imposta pela classe dominante, que pretende impor determinados valores e a grande massa popular que repudia tal imposição. Tudo em nome da criatividade por mais absurdo que possa parecer, sim, porque a fisiologia do processo é a seguinte: criar é fazer alguma coisa que nunca foi feita, alguma coisa nova, diferente, portanto sem parâmetro para avaliação ou confronto. Pronto!! Só isto basta para a criatividade se transformar em um campo fértil para os mistificadores da arte, charlatões, oportunistas, eleitos pela mídia endossados pela classe dominante. Aí a criatividade se confunde com ousadia, picaretagem, charlatanismo, tudo quer seja em nome do novo, onde cabe qualquer ideologia explicativa igual bula de remédio ou manual de instruções. Assim, tudo que é novo, tudo que é diferente, tudo que é ousado, em qualquer área, se enquadra como Arte Contemporânea, segundo o desejo de alguns mentecaptos.
Infelizmente somente o tempo irá separar o joio do trigo. Somente o passar dos anos, após decantação das experiências artísticas, bem como os movimentos que geram novos produtos, aparece realmente o que tem valor.








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UMA EXPERIENCIA DE ABSTRAÇÃO LITERARIA

Andava ligeiro, que pressa , que riso , aonde chegar. Por que atravessa o barco tão preto da cor mais sagrada contra o vento que leva ao longe as manhãs de luz , risonha e franca na mansidão da noite onde vegeta o capim mais viçoso e mais verde de lá, de fá ,de sol, de ré,de mi, e de dó. Dó de ver tanta coisa pairando na brisa eterna da madrugada onde a lua sem medo, vem clarear o caminho por onde já passaram tantos e tantos e mais tantos e no entanto ainda passarão mais, muito mais dos que virão, porem não passarão alem da Taprobana.
Quiçá o mar batendo na praia em sucessivas marés, traga no sussurro das ondas, cochichando ao meu ouvido um nome de mulher , com certeza será o seu, e com certeza verá. Verá, sim. Eu também virei do verbo vir e verei do verbo ver teu corpo, tua pele teu pelo, teu tudo, explodem em um ribombar “fanfarresco” das orgias de Baco, e você a favorita das bacantes, iluminada com a graça e mino da inocência ,exalando teu perfume em todo redor. Do jardim desta vida, és a mais linda e perene flor.
Arvores, estradas, nuvens e sei mais lá o que passa nessa cabeça já cansada de tantas bobagens, mas vai adiante, vamos ver até onde vai tal desequilíbrio mental, tudo enfim que é ou deixa de ser dançam e cantam o carnaval das paixões. Retifico, aqui não se trata de desequilíbrio mental, mas sim de falta de criatividade, porque vejo uma caixa cheia de lápis e uma revista aberta aleatoriamente ao meu lado e quando o potencial desses dois gigantes for totalmente exercido, vai mudar tudo de novo no mundo.
Assim será porque o copo de água está muito longe da minha sede, então que fazer? O jeito é trocar de camisa ou então andar de bicicleta, mas enquanto isso eu fico nu com a mão no bolso esperando o ônibus, se é que o Penha-Lapa passa por aqui. Se não passa, vou para outro lugar que no fim dá na mesma. Pra quem não tem onde ir, qualquer caminho é caminho.
Ou então vou-me embora pra Passargada, porque lá sou amigo do Rei e terei a mulher que quero na cama que escolherei.
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vinhedo - l1-02-2004 - ingres speltri



AD LIBITUM

Ancorar uma palavra e divagar. Indiferença é a palavra chave. Distancia, desafeto, desamor , frieza.
Uma chama que se apaga e o nada que ficou não representa nada, e esse nada não alimenta a fornalha do trem que partiu as 7 para chegar não sei onde. Onde fica não sei o que. Não sei, mas é bem distante. E porque as 7 ?. Porque sete é um numero cabalístico. Enigmático. Como este é um texto cheio de abobrinhas e sem compromisso com a realidade, poderia ser um numero qualquer. Mas que seja um numero bem distante. O que é um numero bem distante ? Não sei! Talvez um numero perto de onde foi o trem. Porque o lado mais distante do meu EU foi pra perto de você. Indiferentemente eu passo a vida recordando, de tudo quanto lá deixei, meu passado, meu passado, estou aqui no meu presente, se voltar não brinco mais.

Ah! Indiferenças históricas e lendárias como a da raposa. Sim!, daquelas fabulas chatinhas que nos contavam quando criança, aquela raposa que viu umas lindas uvas e tentou pegá-las aos pulos e sussurros e não conseguiu , assim retirou-se na maior falsa indiferença dizendo: -“ Não queria mesmo, elas estão verdes.”
Indiferença é alguém como eu, no alto de meu pedestal sexagenário e tanto, vendo um desfile de Miss, e dizer : -“ ....melhor do que isso tenho em casa!”
Indiferença é um amigo dizer para outro que ele casou com uma mulher muito sexy e que todos seus amigos estão transando com a mulher dele. Ao que ele responde : - É melhor comer bem com os amigos do que casar com mulher feia e comer merda sozinho.
Indiferença, apatia, solidão, inércia, equilíbrio, maturidade, força, visão, determinação, superação, correção de rumo, saturação, engano, tudo isso e mais alguma coisa pode estar relacionado com indiferença e poderíamos pegar tudo isso, mandar pra ponte que caiu, olhar pro objeto preterido e dizer :
- “Porra! Vamos parar de brincadeira!
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Tentei esse estilo de texto e ficou essa droga. Chinfrim. Muito narrativo. Muito descritivo. Muito figurativo.Vamos voltar ao estilo anterior, com menos figura de retórica, com menos narração e descrição. Continuando com a gororoba literária, a salada gramatical e a confusão do tratamento dos pronomes. Assim,(desculpem a comparação, mas James Joyce começou assim, e o Zé das Couves também) quebrando toda tradição e paradigma literário, quero demonstrar que qualquer analfabeto como eu pode pretender ser escritor e a comprovação de minha hipótese está na Academia Brasileira de Letras onde encontramos como imortais literários nada menos que Pitanguy, Março Maciel, José Sarney, entre outros. Com certeza , futuramente, estarão elegendo Jô Soares. Voltando ao título original, isto é o FIM.
Vamos voltar a nossa palavra chave : indiferença. Pela fisiologia do arquétipo das questões paralelas convergentes , divergentes , latentes , vertentes, dos prazeres mantidos na arquitetura prosaica, elaborada na construção do “modus vivendi”, em detrimentos de outros, como o futebol ou a televisão. Porem, o aperfeiçoamento dessa arte obriga uma rotina diária na qual o preço da liberdade é a eterna vigilância.
Esse ritmo exaustivo decorre por um lado da sensação de que é preciso correr contra o tempo que escoa muito depressa. Em compensação, a descoberta de novas sensações e percepções proporcionadas pelas experiências vividas colabora com o enriquecimento do patrimônio sentimental , acalmando a sede de viver e anulando a indiferença, sub produto da globalização e informática, ou seja, conseqüência do mundo atual, tributo artificial no faz de conta da vida.
Amor é uma palavra que escapa com facilidade da boca dos amantes, que se sentem mais a vontade quando falam dessa virtude.
Um olhar, um som, um cheiro, coisas muito diversas e aleatórias começam a preencher um espaço até então vazio. Começam a se juntar, pouco a pouco formando um volume que na carência é chamado de amor, mas, que não resiste a uma prova mais ousada. A certa altura percebe-se que tudo esta pronto para começar de novo, com um processo difícil e doloroso de determinar o tom e a cor do novo “estatus quo”.
O problema está em encontrar um canal onde possa escoar este volume extra de sensibilidade, sem detonar as comportas da represa. Nisso se concentra a preocupação maior com a arquitetura e o planejamento, enfraquecendo as células principais, embrionárias do fato em si.
O entendimento é um organismo vivo que age pilotado pela razão, enfrentando o desafio da emoção que luta em resistência dessa opressão racional. Nesta luta, a vida esmorece e perde o sentido.
É preciso ser duramente implacável com a própria obra de vida. Tudo que está em desequilíbrio, não permanece. Quando a emoção não vence a razão, a fuga é a indiferença, sob diversas formas.
Todos trazem uma grande ferida cultivada ao longo da vida, onde se conclui que o ser que existe em nós, hoje, é um ser inventado, a conveniência da tradição, família e propriedade.
O grande lance é criar um espaço alternativo onde a ficção atua em caráter virtual , dando a ilusão de uma nova realidade e símbolo daquilo que não consegue ousar.
Este é um privilegio dos artistas, cuja casta aumenta cada vez mais, principalmente neste momento frio e desumano da informática e globalização, esvaziando as salas dos analistas.
Pelos próprios fundamentos e instrumentos de idealização, a arte oferece este mundo alternativo que muitos precisam. Mas, nestes casos, é apenas uma muleta, onde o resultado é falso em uma onda de mistificação de objetivos.
A vida está cheia de portas fechadas e no fundo vivemos uma parte muito pequena de nós mesmos. É contra esse limite que a grande maioria não tem coragem de se rebelar, transpor barreiras e voar para o infinito desconhecido.
Dentre os amantes ha uma grande predileção pelo masoquismo, que durante muito tempo subestimado como vivente de aventuras, alem da ficção da vida.
ingres speltri l8-02-2004




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A MARGEM DA HISTÓRIA



É bom descobrir emoções que ajudam a conhecer a si mesmo, que mostram verdadeiramente o que somos. Nem que seja na pretensão.
A cabeça cheia de idéias,como portas abertas facilitando o transito de pensamentos pelos quais vagueiam nossa vida, porque no fundo vivemos em um pequeno cômodo de nossa mente. Não se deve esperar um resultado fácil, pois o desfecho vem embalado pelo estilo costumeiro do autor. Mas ao contrario de outros pormenores da historia de cada vida, este vai mais fundo nas contradições, das condições facilitadas pelos usos e costumes de cada época, com as quais facilmente se podem identificar.
Desconfia-se de momentos de euforia em que se acredita viver uma nova realidade histórica.
A utopia de se sentir eleito a um paraíso sem deixar que a cegueira embace a síndrome dos fatos aleatórios, mas, proféticos do roteiro de cada um.
Enquanto se pensa que não haveria retorno, os fatos demonstram a flexibilidade de nosso veredicto, e que não convém confundir traumas , comodismos , complexos e inseguranças.
Se a realidade da ação contrapõe ao transe, sobre o exíguo e influente mundo underground, eis que de repente, secretamente, apaixonado pela visão utópica , não é mais do que um deles.
Apesar do suprimento, o adicional de emoções, fica-se cético diante de um novo painel de opções ricas e variáveis que se descortinam diante de cada um, porem com uma cultura completamente paradoxal a formação , que se por um lado alimenta, por outro é apenas suportável a obrigação.
A arte se torna cada vez mais um pretexto para que os meios possam impor fenômenos e tendências, em que o bom momento origina-se do desmoronamento de velhas crenças que rege a vida de cada um. Speltri – 02-2004











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MAIS UM CAPÍTULO, MAIS UMA HISTÓRIA


O passado é uma espécie de supermercado onde cada um busca em suas prateleiras o produto que lhes interessa.
Cada um procura emergir das profundezas de seus oceanos os fósseis de sua pré-história e com eles reinventar sua vida.
As aventuras com a grife de super-interessantes ou ousadas geralmente são catalogadas na fase jovem, onde cabem todas as experiências em todas as áreas ainda sem intimidade do adolescente.
Preocupados em legitimar nosso conteúdo, sobretudo, nossa história acaba desenvolvendo um estilo que se aproxima da linguagem empolada e tortuosa, condenada pela realidade atual que contrabalança com as virtudes estabelecidas pelo volume quantitativo e não qualitativo das elucubrações psicossomáticas configuradas na ordem transpostas para a desordem que determina a evolução transitória descritas no pragmatismo involuntário determinando um julgamento aleatório as questões subseqüentes e equânimes as diagramações sutis porem consoantes com as determinações prosaicas, contudo inverossímeis que condizem com a bagagem cultural da tradição étnica do individuo.
Preocupados em legitimar o real do imaginário, sobretudo na tarefa de nós, como historiadores de nós mesmos, acaba-se desenvolvendo um estilo nada mais nada menos que surrealistas de uma vida que na realidade foi monótona, insípida e inodora.
Isto posto, conclui-se que a esperança do povo brasileiro, neste inicio do terceiro milênio, (2003/2004) era o PT capitaneado pela figura folclórica do Lula, cuja retórica característica de todo nordestino iludiu o povo brasileiro, configurado pelo episodio (entre outros) do caso Zé Dirceu/Waldomiro Diniz, adotando a política por mim batizada de “política de padaria”, ou seja, são todos farinha do mesmo saco.











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FIMDE FESTA

A retrospectiva didática do acervo pessoal , embora composta por todas as fases, provem da coleção particular que cada um cultiva de seu “Alter Ego” e mantidos consigo exemplares que nunca serão colocado a disposição no mercado da vida, em particular, com grupo de atores e admiradores das imagens guardadas de sua própria careira.
A montagem ordena-se em fases de todos os ciclos orgânicos e prosaicos do quotidiano , onde se retomam divisões consagradas a virtude de uma fase azul, analítica com período clássico de todos os tempos.
Majoritariamente não de verá exemplares de impacto histórico em que a disparidade de uma seleção represente um período danificado, mas sim como testemunha das mudanças originais entre tempo e espaço na proporção direta das massas e inversamente proporcional ao quadrado das distancias.
O momento que emerge revela-se como processual, multiplicando os resultados ao longo do aperfeiçoamento das idéias.
Os estágios estabelecidos ao longo do itinerário, mostram uma disciplina de analise e síntese da fisiologia estática do “modus vivendi, que estruturam os diversos períodos ao longo da existência.
O experimentalismo de sensações e percepções bem ou mal sucedidas, também são evidenciadas no amalgama modelador da psique, que nem dez anos de analise com um bom psiquiatra poderia resolver.
E então ? Então é esperar que a construção tridimensional incorporadas as efemérides constantes na configuração do perfil psicológico e fisiológico transpareça na modelagem de seu Eu Superior, sentenciando a frase apocalíptica que pode-se viver como queira, desde que se tenha “culhão” para agüentar as conseqüências .
Vale a pena arriscar , ou vamos esperar mais um pouco, porque,já já passa o bonde da historia e eu quero ser seu passageiro até a estação final, atrás a montanha, onde nasce o arco-íris, que tem um pote cheio, e quem chegar primeiro leva o ouro.











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UM CAPÍTULO A MAIS

O experimentalismo das coisas paralelas e a margem da rotina, formam o grande desafio do vicio e do dilema da vida. Eis o grande dilema onde não se sabe se a força está em reprimir ou adotar as tentações de novas experiências. Assim, mais uma vez, o que fazer ? Um instrumento poderoso e que nunca sabemos usar é a intuição, mestra e suporte do desconhecido. Muitos vivem no fundo de um poço e a única visão que tem é uma clareira circular lá no alto, porém quem consegue por a cabeça para fora do poço, se surpreende com o infinito que existe fora desse poço, e aí tem a dimensão de pequenez que era sua vida, onde a repressão dilacera a imagem formada pela libido em seus diversos estágios abrindo um vazio interior.
O dialogo consigo mesmo, que no caso passa a ser monologo, deve ser constante, em um exercício pontilhista, onde cada pixel representa um átomo de vida em núcleo constante de força gerada pelos nêutrons, prótons e elétrons que existe em cada célula do individuo, responsável pela mobilidade em seu espaço cósmico, conseqüência do metabolismo psicológico de seu encéfalo (cérebro, cerebelo e bulbo).
Embora o subconsciente mande uma ordem :- “ vamos transformar isto em realidade” – e assim estabelece uma campanha lançada, martelando impiedosamente o arbítrio voluntário em que transpõe barreiras supostamente indevassáveis do comportamento como uma peça publicitária relacionada a tendência atual. O impacto confunde a cabeça e a campanha será lançada no dia em que novela for ao ar, cuja ação se dá por intervenção da própria vontade em local, hora e tempo definido pela determinação voluntária de cada um.
Nunca é a primeira vez e nunca será a última, mas o inédito é que causa “frisson” bi-lateral com a dualidade que existe em nós, e na confusão toda serve, no mínimo para colocar em cheque a constituição psicológica de cada um.
To be or not to be, that is the questions.











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AS ÚLTIMAS QUESTÕES

Juntando os cacos no rescaldo do incêndio, onde a ruptura transcendental aniquilou qualquer pretensão utópica e surreal das questões paralelas, resta então o maquiavelismo racional para uma retomada cavalheiresca e gentil no desempenho da nova fase.
Estamos nas águas de março, as vésperas do outono, onde caem as folhas e a vegetação para de crescer para o repouso do inverno.
É tempo de reflexão.(!)
Se fosse tempo passado, pelo menos vinte que seja, o rio teria mudado seu curso que caudaloso e manso chegaria ao mar com maior volume de água .
Que não seja só por Si, como também pelo Sol, por Ré por Fá, por Si bemol Maior e por Mi menor, ao menos que o dueto esteja afinado para o concerto da vida, e não para o conserto da vida. Assim quem quer tocar junto tem que afinar o instrumento, e tocar no compasso. Tocar desafinado e fora do ritmo, é melhor desistir, ou lembrar de Antoine Laurent Lavoisier que afirmava : “ no mundo nada se cria, nada se perde, nada se forma,tudo se transforma.”
Ter a convicção de ser um conservador, ou um reacionário e nunca conseguir de fato se livrar da forma e de formulas estruturais clássicas,com críticas severas freqüentemente sem razão e sem fundamento na lógica e na ética , enquanto que o próprio juízo considera como intemporal, acima de estilos e categorias.
Há uma certa benevolência nesta conduta. Porem poderá ter a infelicidade de ter um final glorioso aceitando a árdua tarefa de fechá-lo com chave de ouro, mas, sem ter a oportunidade de inovar.
Se escapar a crítica, graças a um estratagema, orientado acerbamente por comentários oriundos de seu próprio juízo contemporâneo, não poderá escapar da maneira de tratar as dissonâncias que contra-atacam com uma artimanha digna do enunciado de uma regra empírica












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COMPASSO DE ESPERA



Eis que se enfrenta uma derrota, emudecendo a crítica de seu tempo que simultaneamente eterniza o inequívoco estado latente como um novo estilo, inaugurando, portanto, como uma obrigação que não obedecem as regras do “stile antiquo”. Mesmo assim não há obrigação de novas regras para a seqüência da vida em curso. Uma pressuposta confusão de crises e críticas contemporâneas, porque ninguém sabia ao certo o que era ou do que se tratava e muito menos o que viria a ser, percebendo melhor a realidade da mudança histórica, passando a chamar de “novo tempo”.
Não houve uma mudança de estilo, com eventuais regras para uma nova harmonia.
Mais do que um lance de retórica, encara-se uma situação paradoxal dividida de modo quase esquizofrênico entre a cultura do excesso e o elogio a esterilidade.Se por um lado tem que ser mais jovem que um jovem ou se fazer de morto para entrar no cu dos vivos, por outro lado valorizam-se o equilíbrio, a sobriedade e o retorno da moral em concordata.Um convívio dantesco de ordem e desordem que beira o caos maquiavélico. Porem é um caos reorganizador da fé e dos valores que identifica o resultado paradoxalmente fragilizado que se vê ruir de antigas formas de coerção o social. Defende-se visões apocalípticas afirmando que as crises sempre foram inerentes ao desequilíbrio mental e que o sistema é flexível, que aceita críticas e sabe se adaptar. Tudo as vezes não passa de um sonho de uma noite de verão, onde se populariza a noção correspondida de algo próximo do vivido, porque a distancia dos grandes momentos se torna menos importante do que viver com vistas para o beneficio do tempo presente. O que vem depois não tem nenhum sentido, e não foi exatamente um sonho, como se pensava, porque nunca estivemos lá. A transição sentimental não chegou a ser fundamentada, pois a idéia que se tinha era uma idéia falsa, onde a curiosidade se pos em curso a muito tempo em que os elementos construtivos principais eram três : eu, tu e os outros.
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ALEM DA CONTA



Um exemplo de extrapolação como irreverência, se conclui que se esteja mais para o barroco do que para o clássico, que sem dúvida se exibe demais e chama a tenção sobre si de modo indiscreto criando em um momento de refluxo momentos de sobriedade cômica, podendo haver pessoas que nos divertem a conveniência de uma fantasia livre como um monumento nacional, pronto para fazer frutificar a experiência cultural marcada pela extrema seriedade com a conhecida preocupação de chegar a níveis profundos do conhecimento. E assim foi negada essa possibilidade com uma naturalidade dos insensíveis e petulantes postuladores da ascensão entre os justos e perfeitos.
Por isso pode ser profunda a expressão geradas a partir da complexidade das posições assumidas a despeito das reflexões.
Por essas e outras, a impressão que se tem é que, no fundo o que mais interessava era o não saber. Se preciso fosse e necessidade houvesse, a oportunidade do momento surgiu graças a uma personalidade generosa e desinteressada, tendendo a polemizar em defesa de seu ponto de vista, assim a grande contribuição a associação dialética processada indiscutivelmente a favor dos cânones individuais associados a interesses egoístas, entra em contraponto ao tempo onde a tonica é dar um parecer para aparecer. Assim a grande contribuição para o concerto universal, representado pelo núcleo individual, vai ficando cada vez mais evidente a medida que se sucedem avaliações acerca do fato em si. Como em uma obra de Anton Tapies onde a qualidade do material empregado, representado por sucatas e lixo, dão a dimensão de sua linguagem contemporânea transendental em seu conteúdo forte e vigoroso.Seria uma visão simplista , fragmentária e incompleta deduzindo que seria importante na obra e na atuação um aspecto que tem sido pouco focalizado : o sentimental.Se o significado tomou posição contra, quem vai avaliar o resto ?.
17-03-2004 - 23,31h.
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... E TEM MAIS

UM DESTAQUE PARA CADA GALHO - ( POR QUE ? )

Todas as glorias ainda não saíram do vermelho. Ainda somos deficitários. Se eu deixar de ser o timoneiro deste processo, a nau rumará para seu norte que é seu destino inexorável.
Um dos achados mais importantes foi a confirmação de que tudo que está em desequilíbrio não permanece e que de alguma maneira encontra seu ponto de firmação, assim guarda uma relação direta com custo beneficio, considerando o risco calculado com que se passa a viver nesta nova postura de vida onde se encontra a liberdade de pensamento e ação , sabendo que daqui para frente o destino esta em sua mão e só você terá o livre arbítrio de fazer dele o que bem quiser, desde que tenha coragem, é claro. O primeiro passo foi dado. Nada se mostrou superior a esta posição. Lendas , mitos, tabus e preconceitos foram eficazes na prevenção de ataques de tentação, inibindo o salto para o infinito, para onde voam as águias. A plumagem está completa e a envergadura das azas agora permitem vôos sem limites. O céu, as alturas, o horizonte é seu. Vá buscá-los .-


O grande alcance na recuperação de dependência está em reconhecer a auto-ajuda e considerar que existem tendências positivas erroneamente consideradas fora do contexto da vida e a única maneira de escapar do sacrifício é ficar a margem do Concerto Universal.
Qualquer leigo pode constatar que indivíduos incapacitados a exercitar todas as vertentes das emoções e sensações que aparecem no curtos espaço de uma existência, cujo numero aumenta diretamente proporcional a evolução tecnológica, Internet e globalização, que, assim, por razões bioquímicas, biológicas, fisiológicas, psicológicas e psicossomáticas, se encontram em situação de risco com os efeitos nocivos desta nova sociedade contemporânea.
Existe um grande painel de justaposições aleatórias onde cada um por si se transforma em um amante anônimo, vivendo intensamente o ostracismo dessa verdade absoluta de seu Eu Superior. Alternando vidas justapostas, alterna-se as emoções em um carrossel de fantasias e ideais que serão as metas do chegar, e se chega ou não, também não importa, importa o tempo presente que torna o fardo mais leve para o caminhar da vida.
Todo lucro é proporcional ao risco de acordo com lei dos investimentos, assim se estamos investindo em nossa vida e o lucro em forma de felicidade é muito alto, com certeza temos que ter consciência em assumir os riscos da situação característica da sociedade contemporânea, onde não há limites, regras, mas sim muita competência e muita criatividade.
Os efeitos nocivos da monotonia da vida com certeza atinge também, (e as vezes em grau superior) a companhia de nossa vida, assim a situação é bi-lateral, onde ninguém tem coragem ou competência para assumir a situação e “virar a mesa”. Enquanto estamos pensando que lideramos uma postura de libertação, a outra parte já aboletou-se há muito tempo.
Rompendo com a tradição dos valores pessoais em busca de novas formas de representação de seu próprio Ser, espelha-se na maneira infantil, naif, pura e ingênua, onde não há censura tampouco certo ou errado e muito menos bonito ou feio. Nesse novo mundo lúdico, “fauve”, brilhante e emocionante, tudo é divino e maravilhoso.
Tudo pode resumir-se na fragmentação do espaço mental em busca de formas mais simples quer seja no conteúdo formal ou conteúdo simbólico que invariavelmente abrirá as portas das sensações e percepções onde alguns conseguem resgatar algumas formas da arte de viver onde todas as emoções são imperdíveis.
O traço fantástico-lúdico é talvez o mais fortemente relacionado com a ficção de cada autor que aparece sob o rótulo de inseguro ou incapaz de experimentar novas possibilidades até então preteridas , porem que sempre reaparecem com freqüência sob forma de tentação diabólica., mas, quando já começa a incomodar o rótulo de exemplo da virtude e dos bons costumes já é hora de dar um basta em tudo.
Talvez tenha sido o próprio inconformismo que levaria a forçar as barreiras e defender ferrenhamente os ideais revolucionários.
É fácil avaliar a situação atual, como se antes estivesse no ignoto, no desconhecido, e de repente encontrasse onde pisar, e assim se confirma que os extremos quase se tocam.
Por que não ambientar a ficção da vida para o momento atual como foi feito na adolescência? Porque não considerar uma segunda chance ? Por que?








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Registro de uma crônica

. Não cabe aqui um comentário "da arte pela arte" porque por essa ótica está tudo bem, nada que desabone , inclusive mostra uma maturidade e firmeza na concepção dos valores muito coerente , somado as qualidades que só pessoas cultas sabem usar e bem como está feito.
Porem, pela afinidade e aproximação aos problemas visíveis, atento ao desenvolvimento do segundo estágio, me reporto logo no inicio ao notar valores muito importantes no contexto ,para o desenvolvimento da arte, porem com uma grande dose de melancolia e tristeza, que camuflava muito essa faceta de uma força interior muito grande dando condições de superar tudo e transformar em arte em uma nova linguagem pessoal.
Em uma reflexão mais profunda do trabalho é evidente a transferência de todo esse significado psicológico nos valores dessa arte.
O autor aceitou e usou muito bem a arte para mostrar o lado trágico da vida, (da sua vida), em que a atividade criadora está em uma fase de confusão, de sofrimento,de angustia, de entrega, de dúvidas,masoquismo, e auto destruição. Os principais valores da vida parecem ameaçados, alguns destruídos e mórbidos. Existe um caos, não na organização dos elementos abordados no inicio deste texto, mas, no conteúdo que eles representam. Parece um grito de desespero como se tudo até agora não tivesse valido a pena.
Olhar esses quadros é como olhar para si (autor), para seu interior, não com os olhos da fantasia e do sofisma.
Daquela identificação no inicio do segundo estágio, surgiu a pessoa forte que conseguiu usar a arte para sua linguagem pessoal interior, mas não melhorou sua alma..
A Série "Vida Passo a Passo", em uma analise de conteúdo psicológico e não artístico, apresenta uma série de emoções fragmentadas, interrompendo abruptamente a evolução natural do argumento. Essas mutilações incomodam a formação do conteúdo ideológico e frustram a interpretação desejada. Vão bem no inicio, no meio já apresentam insegurança , para ter uma falência final.
Pequenas clareiras improvisadas nessa massa enigmática, não são janelas que se abrem para um horizonte iluminado, mas apenas alçapões na tampa de um poço, onde transpassa somente o olhar, mas não o individuo.
Estão mais para uma tragédia do que para a seqüência do equilíbrio individual de valores.
Em alguns momentos tem-se a impressão do aconchego da casa paterna, como a ave que volta ao ninho antigo, o primeiro e virginal carinho.onde, de volta as origens, lugar ideal para repensar os valores éticos , como se fosse o útero de onde saiu para a vida.

Continuando com o olhar nesses quadros, consolida-se o conceito de que a arte é a extensão psicológica do autor. Mesmo não querendo , existe uma força maior induzindo a aplicar esquemas e soluções que denunciam todo perfil do Ego e Alter-ego.
Olhando os trabalhos em uma reflexão sobre o perfil do autor, nos quadros onde ha sobreposições de limalha de ferro, cujo material já em oxidação e decomposição da matéria, é o perfeito retrato da auto destruição em um clima sombrio, tenebroso e hostil.. Não há sinais de vida ou de luta por ela, tudo está a mercê do tempo que destrói a própria matéria, onde restara apenas os vestígios do que ali existira como que retornando ao pó como qualquer mortal. Toda ação se desenvolve em um clima hostil de caos, inclusive faltando a agressividade do desespero e da luta pela sobrevivência. As forças foram exauridas na sobrevivência do nada. Não resta nada a fazer a não ser a monotonia do suporte repetitivo onde nada mais acontece, senão esperar que o tempo termine seu trabalho.
No quadro, visto no primeiro momento todo em branco, com quadrado e textura também em branco , já tinha encontrado um perfil positivo como da luta do bem contra o mal ou o positivo contra o negativo. No primeiro momento , foi aprovado tal intento, porem foi levado a retoques talvez por sugestão superior, onde não acompanhei o resultado. Qual surpresa ao ver o mesmo quadro, agora “terminado”. Era o que não queria ver, dentro de uma ótica não da arte, mas do conteúdo ideológico que foi transformado, demonstrando claramente o momento negativo, de flagelo e auto destruição que o autor passa no momento. As evidencias são claras, onde antes havia toda a extensão do suporte em branco , texturizado , com um quadrado representando a condição racional , firme e lógica do autor, também em branco, agora vinha alterado com aplicações de preto em respingos e num gesto de ação e acaso, maculando a virgindade e pureza daquele cenário da paz e tranqüilidade.. Do ponto de vista da arte e da estética, tudo bem, nada a contestar, mas do ponto de vista do equilíbrio emocional do autor, é lamentável tal transformação induzida pelo instinto e bagagem emocional do momento atual, acumulando transferências de passividade.
Porque tal interferência, para dar um sentido de finalização ou definição da obra, porque não foi feita também em brancos de diversos materiais (tecido,massa, variação de tinta, etc.) reforçando e valorizando a paz, a quietude, a harmonia, o equilíbrio entre a matéria ( quadrado) e espírito ( circulo), mesmo com lampejos de agressividade desses materiais empregado ao acaso e em ação. Uma coisa é agredir com uma flor outra é agredir com torpedos e metralhadoras.
O argumento de que tudo foi as pressas e sem tempo para um planejamento não serve de base porque são nesses momentos que a espontaneidade se aflora, por que não dá tempo de maquiá-la, ainda mais para uma pessoa dissimulada como você, que auto se proclama como enigmática.(dissimular: - dicionário Larousse: - não deixar aparecer; encobrir; - Fazer parecer diferente; disfarçar; fingir. ). Porem esse enigma cai por terra na expressão gráfica, onde existe uma radiografia do perfil psicológico do autor.
Recomendo que faça uma reavaliação de todas essas considerações examinando novamente seus trabalhos e gostaria de discutir novamente esses detalhes .Note bem, do ponto de vista da arte, nada a declarar, apenas um pouco mais de intimidade com os materiais. Mas, neste caso, sei que interessa mais a arte como linguagem.
Ingres speltri
23-12-2004





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UM NOVO TEMPO – ÚLTIMO CAPITULO

Um novo tempo colhido aponta para o alto e avante, em um setor onde as possibilidades eram mínimas a pouco tempo atrás. - A complementação de um projeto de vida com sensações imbatíveis na linha de emoções, surge abalando os termômetros do chamado sucesso de crítica, onde não existe a articulação de títulos para a imagem exterior. Assim uma monografia sentimental recém instaurada e articulada em bases sólidas da consciência e da vontade própria, abre um novo tempo de vida, de pensar, de liberdade, e saber que se é realmente dono de si e per si, em gênero,numero e causa, não havendo mais uma dependência moral, material ou estratégia que possa conter um “ status quo” falso, sem conteúdo e que não resistiria a mais leve crítica.
Isto sim pode ser mantido em sua total fragilidade em condições precárias de sustentação, onde cada um cumpre seu papel de maneira civilizada. Porem, como toda sua glória ainda não se desviou para o vermelho porque ainda somos deficitários neste crescendo absurdamente consciente e que já demonstrou que é viável desempenhar tal missão de desbloqueio duplamente enfatizado em uma vida plenamente banal e corriqueira.

O timoneiro desse processo foi alguém abençoado, que surgiu para tornar a vida feliz, livre de dores ,sofrimentos, frivolidades, e mostrar que existe algo mais sublime, mais nobre, pelo qual vale a pena viver e arriscar tudo se preciso for para se ter a plenitude da vida, longe de sua mesquinhez.
Poderá não ser esta pedra filosofal que ira perdurar, mas ela foi a chave que abriu as portas do paraíso que existe e não é utópico.
O crescimento absurdo coincide com a aposta em um plural que começou a deixar para traz o rótulo para assumir uma nova postura, mais autentica, madura, coerente, com um conteúdo de prazer pela vida.
Como já foi dito, o termômetro é o sucesso da crítica : quanto mais quente, melhor.
Bichos existem, bichos não existem e eu não acredito em papai-noel e não vou botar minha bundinha na janela para ganhar um presentinho.
O sucesso criado pelo historiador de meu ego e de minha razão não podem ser avaliados como listas dos mais vendidos, porque da afinidade de lançamento de intenções , esta já se prenuncia como um “best-sellers”, onde vamos romper a marca de milhões de tentativas e outros milhões de fracassos.
A primeira tarefa vencida foi a faxina burocrática feita em nosso modelo de conduta.
O que era, já está velho e precisa ser descartado e renovado porque não gera novos impulsos.
O segundo momento foi a abertura do leque de opções em que daqui para frente se descortinam, qualquer caminho que se queira seguir, livre das amarras que travavam o discernimento e a vontade, transformando em fantoches pedendentes de uma tirania insensata, vazia, insípida e inodora.
Foi dado o grito de liberdade. Daqui para frente se não se faz o que se quer,não é mais por covardia, mas talvez por comodismo ou chantagem, porque os fins justificam os meios.
Ingres Speltri
17-04-2004
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o livro ilustrado só vai até aqui











































HISTORIADOR DE MIM

Sou o aprendiz de um novo tempo.
Toda bagagem de vida volumosa e pesada, dedica-se a um item de colecionador bem menos usual a modelos pré-concebidos e rotulados pela nova sociedade de consumo e pela era da globalização, a julgar pelas contradições, trata-se da primeira experiência extra curricular imposta pelas forças dominantes atuais, dedicadas a objeto tão simpático porem secundário.
Apegados a um canto da realidade, com nome e endereço conhecido, em que o que foi comprado em pequenas porções de papel secundário, caso em que serviu apenas para exemplo embora não tenha nada de especial para chamar a atenção.
Reunindo os estudos, comentários e fatos, finalmente chegamos a um volume de sensações e emoções que constitui um documento valioso sobre a historia de cada um, o que é muito gratificante de se observar .O autor não esconde sua paixão e declara que mergulhou em um dos períodos mais críticos de sua história onde houve uma reestruturação violenta do frenesi com um conseqüente crescimento da libido para a proclamação da independência de seu Eu Superior, embora nesta solidão voluntária transforma-se em um monge com a máxima “ ora et labora”, ou seja para não transformar os pensamentos em monstros ferozes o melhor é rezar e trabalhar, porque a atração pelo risco é uma tendência do ser humano, assim se compartilharmos a culpa devemos ter responsabilidades solidária
Não se trata de terrorismo nem de luta para solucionar problemas sociais, na verdade a intenção é abolir a pobreza da alma, porque é hipocrisia alguém de fora defender a moral e esquecer as vítimas da falência sentimental. É verdade que podemos reduzir o impacto sem melhorar a desigualdade do que fazemos, embora hoje estejamos melhor que a pouco tempo atrás apesar das conjunturas negativas não paramos de superar obstáculos.
Nosso maior desafio pressupõe que antes de recomeçarmos é preciso que haja raízes profundas na discriminação dos valores de cada um em afinidade com o todo almejado.
Parodiando um texto de A.Tapies : - ... se o amor não for capaz de ferir quem o recebe, de irritar, de levar a meditação, de fazer ver alem do horizonte, ir alem de seus limites... não é um amor autentico.
Diante de um verdadeiro amor se há de fazer exame de consciência e por em dia as antigas concepções. Quando a outra parte encontra satisfação plena em determinadas formas de expressão, porque onde não há um verdadeiro impacto, não há amor. (... e você, encontrou satisfação plena.). – Quando a forma de amor não é capaz de produzir o desconcerto ao animo da parceira e não lhe obriga a mudar a maneira de pensar... esta forma de amor não é atual.







Ingres speltri - 21-4-2004


BRAIN STORM
Patamar das ilusões


... enquanto o sábio aponta para o céu, os tolos olham para o dedo .
Porque quando dei por mim estava olhando o dedo do sábio enquanto existia um Universo infinito, mais alem.
...estou morto para este pobre mundo antigo, ...não estou contando os dias, estou apenas considerando o fato, porque ainda que esta realidade nos limite, embora a fantasia e o sonho me permite, que eu faça mais, do que as loucuras que já fiz, pra te fazer feliz , porque enquanto faço anotações para o terceiro milênio, na fragmentação do núcleo cósmico rarefeito na dimensão eclética da profecia dos Santos dos Últimos Dias na visão bi-dimensional dos eleitos , predestinados pentecostais, ateus,fariseus e filisteus,porque se pudesse gostaria de estar com você agora.Quero teu carinho, suave e delicado para me acalmar um pouco.Falar das coisas que gosto, que busco...isso me atrai e muito. Quer um exemplo? O texto in-finito, como me toca, a maneira como surge o desejo, poeticamente, surreal, não imagina como gosto disso e também quando se fala em arte , tudo então se mistura com teus beijos. Como resistir a tudo isso, ainda agora que o meu olhar se transforma a cada dia. Não é fuga para o sonho ou irracional, mas a visão do mundo sob outra lógica que me leva a buscar outros meios de conhecimento e controle. Acho que deu para responder em parte as perguntas e dúvidas que pairavam na mente. Preste bem atenção, não se preocupe com a condição atual em querer satisfazer outros desejos que certamente são importantes, mas não são os "mais importantes". As qualidades que se possui estão acima da condição física... gosto de ser assim espontâneo, original, autêntico, , poético...e também das suas mãos que adivinhe o resto... , assim como já dissemos , em ritmo de mudança no comportamento, confunde e gera ansiedades e que a saída é reinventar regras, principalmente quando a imagem se transforma em um monumento catalisando todo “porque” da vida, especificamente ao sentimento analítico do estereotipo do Ser latente. Seria como um grupo de domésticas, ignorantes, como um bando de gralhas, beirando a estupidez em qualquer assunto, realçando o atraso da evolução da condição de primatas. No entanto ninguém dirá que falta sensibilidade e conteúdo nessa massa ignóbil e sabría.
Toda essa transfiguração da fisiologia do sentir, do saber, e do amar se constata como um instantâneo fotográfico que imobiliza um instante e perde tudo que está em volta, porem, não uma foto de Cartier-Bresson, por exemplo. Aquilo que revela não tem importância, sua originalidade é ter fundamentado o desejo do ter, do querer e do fazer, o resto.... é resto.
Quando se fala dos primeiros passos artísticos, as conexões ficam mais evidentes. Vê-se que o foco da vida não é necessariamente os valores morais,sociais, religiosos, e etc, que estigmatizam a vontade e o desejo de ser. Assim não existem mais formulas precisas de como conduzir a vida com segurança nesta tempestade cerebral que promove o sentido de liberdade e desejo de viver plenamente de acordo com os instintos ate mesmo primitivos e inconscientes.
O que se tem a fazer agora é seguir adiante e refazer tudo a medida que avançamos.
Ingres speltri = 8-5-2004

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MANDANDO A VACA PARA O PRECIPÍCIO - (fabula heterotopica – (presença de elementos anatômicos normais em si mesmos, mas localizados em pontos do organismo, onde normalmente não deveriam existir)

Um sábio e seu discípulo caminhavam por estradas quando pararam diante de uma casa em um descampado, sem nenhuma plantação, nenhum cultivo, ou qualquer tipo de melhoria. Era uma desolação total. . Bateram na porta e apareceu um senhor,uma mulher e crianças que deveriam ser seus filhos. O sábio perguntou como faziam para viver e de onde buscavam o sustento para toda família, no meio daquela desolação. O homem falou que tinham uma vaca e que tiravam o leite da vaca e bebiam o leite, faziam queijo, e assim se alimentavam. O que sobrava do leite , trocavam na vila próxima , por alguma coisa a mais que necessitavam. O sábio agradeceu a informação e continuou com seu discípulo sua peregrinação, quando viram a vaca pastando a beira de um precipício. O sábio ordenou a seu discípulo :
- “ Atire a vaca no precipício.” .- Ao que o discípulo titubeou e ouviu com mais ênfase a mesma ordem, ao que ele executou , mandando a vaca para o precipício. Assim, continuaram sua jornada..- Muito, mas muito tempo depois, o discípulo curioso por ter ficado com aquele fato em sua mente, voltou ao mesmo local para ver o que tinha acontecido. Em chegando lá ,viu toda a fazenda cultivada. Era uma visão soberba de vida, de progresso, de evolução. O discípulo bateu a porta e veio aquele mesmo senhor. O discípulo perguntou o que tinha acontecido para toda aquela transformação. O homem disse que, antigamente tinham uma vaca e viviam somente do leite que a vaca produzia, e que a vaca tinha caído no precipício, então, a partir daí, tiveram que trabalhar, produzir, cultivar e assim tiveram muito mais do que somente o leite proporcionava, e assim conseguiram toda aquela evolução e conforto que desfrutavam .

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Ao longo de um infinito nada envelheceu. A estranheza das interrupções parecem ter suavizado com o passar do tempo, abrindo um deslumbrante cenário em contraste com as cenas vazias e momentos de saturação de gestos, palavras e obras incoerentes, insensata e inverossímeis. Evita-se a antítese surreal e fantasiosa onde se surpreende com a força e coragem que brotam do impulso involuntário de cada um.
Quando se exercita os prazeres lembrando Stravinsky, Robert Rauschenberg e a mulher amada, nua, meiga, doce, sensual, mesmo que esteja com dor na coluna ou mal estar, sucedem-se uma variedade estonteante de cenários e pretextos para se mudar o rumo em uma correção da latitude zero do meridiano de Greenwich.
Um misto de santuário e laboratório mental acolhem as atividades de uma língua agilíssima a percorrer a geografia do corpo estremecendo de prazer. Tíbia, perônio, fêmur, região sacro-coxigeana, ilíaca, púbis, diafragma, costelas, clavícula,externo, maxilar inferior,superior, malar, frontal, radial, cúbito, úmero, enfim toda anatomia das planícies , depressões e elevações, desse monumento corpóreo é reconhecida pelo toque sutil de uma boca ávida e sedenta de um vinho tinto seco de qualquer safra e qualquer marca. Sim, para matar a saudades, tome um gole de vinho tinto seco que é como lembrar de um beijo que ainda não terminou porque continua vivo e latente na lembrança, onde as línguas se tocaram e se reconheceram em uma simbiose que confundiu o tempo e o espaço na origem da criação do mundo.
Quando se assume a liberdade dos instintos a conseqüência é a criatividade, a ousadia e saciedade como escândalos iniciais de um novo tempo onde não existe limite nem censura que possam inibir a apoteose do desejo.
Que delicia reinventar de novo a vida mandando a vaca para o precipício!
Ingres speltri – 28-5-2004 - 20h -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.











































TEOREMA


Torna-se hegemônica em todas as esferas aparentes dos grandes ensaios que não atraem muito como suas explicações causando um enorme impacto, fragmentando aquilo que era, sem nunca ter sido.
Há um momento obscuro onde se procura uma resposta na direção convergente aos fatos, porem, o fenômeno que poderia ser entendido a luz de um verdadeiro enigma , não é senão uma perspectiva profética de relação fisiológica e filosófica implícita no caso.
Afinal , não sei como interpretar essa composição. A forma tal qual se apresentava estava um caos. A desordem se estabelecia na organização dos elementos compositivos, onde matéria e espírito se dissociavam em dissonância crescente. Matéria e espírito, paralelos a corpo e alma, a procura de um equilíbrio perene e constante e consoante a máxima de Newton : -“matéria atrai matéria na razão inversa das massas e na razão direta do quadrado das distancias”. Realmente estavam inversamente desproporcionais e a distancia não era relativa ao equilíbrio da fusão das massas.
Enquanto havia um caos na relação das massas, o tom estava completamente desafinado, porque enquanto todos tocavam em Si bemol Maior, o tema principal da composição estava na dissonância do sétimo grau dominante Menor na escala dos valores atemporais. A dissonância era evidente, embora só perceptível por ouvidos atentos e sensíveis a tais modulações sentimentais.
Daí vem o cromatismo, peça fundamental para quem vive uma composição em tons neutros de marrons e cinza, que em uma correção de rumo, soma a sua palheta as vibrantes cores fauves, transformando em fera selvagem os instintos inquietos e rebeldes. Mas, aí, que surpresa!! Onde está a composição em andamento? Era tudo um delírio ou um pesadelo!! E agora? Debalde olho e procuro, tudo escuro em volta de mim, grito e só ouço o eco de meu desespero. Onde estás que não respondes! Procuro e não encontro em nenhum canto da vida o tema de minha obra final. Por favor, diga! Onde estás que não respondes! Se ouvir teu canto, irei buscá-la, obra final de tal destino
Ingres Speltri
19-12-2004


Anotações : teorema – primeiro enunciado - hipótese : = se A é igual a B e B é igual a C portanto A é igual a C . Todos os ângulos do triangulo são iguais.
Tese : eu, tu, eles.



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Desejo a você todos os desejos , alem daqueles desejos comuns que as pessoas comuns sempre desejam.
Desejo de paz,mas alem da paz da terra, a paz dos anjos iluminados.
Desejo de alegria, alem desta alegria mundana.
Desejo de amor, de um amor transcendente que eleva a criatura.
Desejo de felicidade, mas de uma felicidade eterna que dura uma fração de segundos, mas com tamanha intensidade que se petrifica, e nenhuma força jamais a resgata.
Assim é que você é para mim...
Eterno.

Não espere nunca o dia em que as pessoas mais importantes de sua vida serão tiradas de você, para poder demonstrar o quanto elas significam em sua vida.
O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.





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A ARTE ALEM DO AMOR


A escolha reflete uma tendência dominante que pode se caracterizar em uma obsessão ou até mesmo um fanatismo pelo surreal, onde assume varias formas na preocupação de testemunhar o estado latente de tesão por meio da objetividade da máquina que nos restitui exatamente ao cenário animalesco da vida ordinária em tempos presente Ainda a vontade verdadeira da sensação livre da irreal idade da obra de arte que impõe a sensações tri-dimensional entre volúpia, desejo e prazer, como se a recusa do simulacro da representação, fundado na tradição sem exibição de inteligência, tivesse tomado a direção oposta do sentido natural dos pobres e dos aflitos em desespero pela provocação, onde a escolha reflete, ela mesma, uma tendência dominante de transcender o real e viver o imaginário.
Quando se evoca o limite, no qual se pretende a semelhança, arrisca-se o vazio da cena domestica, familiar, monótona, insípida e inodora, na qual é muito proveitoso por em causa a ingenuidade, se fazendo de morta para entrar no cú dos vivos, em que a esperteza do real vem com uma vontade febril de fazer algo com um objeto sólido, erecto, em uma ação efetiva como testemunho sobre o estado inerte do presente, mumificado em posição singular, onde tendem a se apagar as próprias formas do conflito cômico, onde o esforço indiscutível de romper o consenso dominante e questionar a ordem existente, reduzindo a provocação das tarefas éticas em testemunho sobre um mundo comum e de assistência aos mais desfavorecidos.
Como na arte, a nostalgia do comportamento acadêmico, onde o julgamento é demasiado severo para fabricar fantasias e delírios livres dos limites ao qual se pretende a semelhança do modelo , em que a cópia não se distingue mais da coisa real, forçando a quebra de paradigmas, provocando uma verdadeira xenoglossia onde não se fundem fantasia e realidade.
Ao transpor essa porta de um mundo novo , na vivencia de que qualquer coisa serve para por em dúvida a convicção , a lealdade ou interesses prosaicos e poucos intelectuais dessa “qualquer coisa” que confronta a postura dos invasores e dos invadidos, como se expiasse seus pecados abaixando a cabeça e cavando um caminho, antes de enganar e ganhar trapaceando, em um ato incomparavelmente satisfatório, ao faze-lo por meios corretos. Nota-se contudo, vislumbres freqüentes de algo que se poderia chamar de excepcionalismo, porem é grande demais para se acabar tão cedo.
- : “Vamos ver se a gente deixa isso claro de uma vez por todas!”.
Depois de algum tempo a coisa para de soar com grandiloqüência e começa a soar como auto-hipnose. Com seus chiliques, os males que se faz em seu pendor incontrolável por doces, na continua vontade de ser filha de Deus!
Quanto a emoção! Chora um rio de lágrimas e poemas em prosa dedicados a aquele que se torna comovente de tais apelos fáceis do amor estéril e inócuo, porque sabemos que esta divorciado de relações dos laços do amor que não foram capazes de conserva-lo dentro de sua órbita.
Em que ponto estaria a arte da ficção se não houvessem o duplo sentido.

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ALEM DOS FATOS

(liberdade assintótica)



- : “você pode pedir o que quiser que vou concordar e não vou rir de você.”
Poderia ser um dia em qualquer lugar. Um dia morno e luminoso de Março em que a sugestão geral pode ser extraída de considerações anárquicas de quem não tem história muito dignificante, cujo passado não se compõe apenas de atitudes prosaicas do cotidiano, mas de fatos que deixaram um fardo pesado, como é o caso da escravidão.
Enquanto a representação das instituições liberais contribui sensivelmente para a lisura dos direitos com a gradativa eliminação da fraude com a fixação de novas regras e a resolução das questões de âmbito individual para abandonar a visão negativa de introduzir chavões enganosos abrindo caminho para uma visão mais equilibrada.
Significativamente , o alento vem do eleito. O esnobismo pobre reduzido a nenhuma educação formal, as vezes bestificantes, sujeito ao jogo esperto dos alienados . Apesar dessas condições tão desfavoráveis, passando por cima de alguns casos e condenando ao ostracismo e transformando em mero sinônimo de piedade.
Quanto mais valeria preservar uma sugestão geral que poderia ser extraída dessas considerações no sentido original do esforço imaginativo e intelectual de penetrar e recriar os sentimentos, mas afinal resta um sorriso amarelo, derrotado e nada amistoso. Isto parece piada porque ninguém conhece o conteúdo senão quando os prótons colidem com os elétrons muito energéticos, a colisão ocorre com um de seus três quark, desde que esse quark esteja livre, viajando dentro do próton.
Quando um quer e o outro também, a força atrativa ganha liberdade assintótica, mesmo que efêmera. ( assintótica - (do gr. asymptotas - Tangente a uma curva em um ponto no infinito. )







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A CURVA DO INFINITO


Na tangencia da curva do infinito, onde nada coincide, se elaboram fantasias surreais todas enunciadas na primeira pessoa, eu, eu, eu, mais eu, tudo eu, só eu, assim eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou, eu vou , eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou, eu vou, eu vou... e o pensamento parece uma coisa a toa, e como é que a gente voa quando começa a sonhar. Felicidade, foi embora... E assim começa o sonho, o delírio, o pesadelo . Eu, eu, eu pecador, me confesso a Deus Todo Poderoso, Criador dos Céus e da Terra. Em Jesus Cristo, um só seu filho de Deus Pai, de onde a de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo , na Santa igreja católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na vida eterna, amem. E Sarava. Seu Bereke!! Abre os caminhos que o filho de Santo ta carregado. Atôtô Abaluaie, atôtô babá. Ae ae, Seu Japanã, Omolu que vélo já ae, Seu Japanã. Sarava!!!





Por enquanto é só. Aguardem que vem mais .....



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Assim foi o triunfo da caricatura para alem das cirandas, dos tipos e das imagens




ingres speltri

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